segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

DEFINIÇÕES

 

Estou em trabalho de parto.

Dói.

Uma dor de morrer.

Dói até a alma, se ela existir.

 
A dor de metamorfose deve ser igual.

Já ‘metamorfisei’.

Mas, nem lembro.

É tanta dor agora que outras não são.

 
Dói bastante parir futilidades

que o sistema ofereceu e eu aceitei.

Algumas ele colocou a força mesmo.

Doeu também.

Uma dor diferente:

Suportável pela ‘recompensa’ do prazer.

Na hora não pensei na possível gravidez,

nas prováveis doenças adquiridas,

que, quando se dão, a dor é de doer.

Sem prazer!

...

 
Parir é parte de quem ama,

quer ver crescer e  ‘povoar o mundo’:

as futilidades!
 
 

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