Estou em trabalho de parto.
Dói.
Uma dor de morrer.
Dói até a alma, se ela existir.
Já ‘metamorfisei’.
Mas, nem lembro.
É tanta dor agora que outras não são.
Dói bastante parir futilidades
que o sistema ofereceu e eu aceitei.
Algumas ele colocou a força
mesmo.
Doeu também.
Uma dor diferente:
Suportável pela ‘recompensa’
do prazer.
Na hora não pensei na
possível gravidez,
nas prováveis doenças
adquiridas,
que, quando se dão, a dor é de doer.
Sem prazer!
...
Parir é parte de quem ama,
quer ver crescer e ‘povoar o mundo’:
as futilidades!
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