Pérola é um material orgânico
produzido por alguns moluscos como a ostra. Em reação a corpos estranhos como
vermes ou grãos de areia, a ostra vai cobrindo-os com camadas de nácar que vão
encobrindo as arestas do corpo estranho que machuca. A pérola também pode ser
obtida de forma artificial, inserindo no interior da ostra um objeto minúsculo,
causando uma inflamação.Ou seja, se não há dor e sofrimento, não há pérola.
Bodas é o nome da celebração
das festas de casamento, sejam elas no civil ou no religioso. A cada ano as
bodas recebem um significado e uma denominação diferente. O termo boda tem
origem no latim vota que significa
“promessa”. Assim, boda se refere aos votos matrimoniais feitos no dia do
casamento e a celebração já é uma tradição na cultura ocidental. Tradição que
surgiu na Alemanha, onde era costume de pequenos povoados, oferecer uma coroa
de prata aos casais que fizessem 25 anos de casados, e uma de ouro aos que
chegassem aos 50. Com o passar dos séculos foram criadas outras simbologias
para os anos seguintes, e quanto mais tempo de casados, maior a importância do
material, que vai do mais frágil ao mais resistente.
Trinta anos de vida matrimonial
– Bodas de Pérola!
Para as Bodas de Pérola, na
perspectiva da formação da pérola, pode-se dizer que, assim como para a ostra
os grãos de areia que a invadem por obra da natureza ou qualquer objeto
estranho inserido nela por obra do ser humano incomodam e por isso ela produz o
nácar que encobre as arestas que machucam; os reveses da vida conjugal invadem
a relação pela natureza dos cônjuges, ou são inseridos por obra das sociedades
humanas. Já a reação aos reveses nas relações humanas se diferencia da reação
da ostra, pelo raciocínio, e por isso, mais de uma opção de solução, se algumas
se pode dizer que são soluções.
Quando as dores incomodam, na
perspectiva da ostra, e de alguns relacionamentos, a reação é produzir algo que
anule a ação do agressor e, a partir disso e por isso, produzir algo precioso,
valioso, belo, uma joia.Ao mesmo tempo, nos relacionamentos humanos, pelo
raciocínio, a opção poderá ser a de abandonar os ideais e propósitos iniciais,
o que pressupõe que o sofrimento abalou as convicções. Ou seja, não se consegue
resistir aos desafios propostos pelo casamento, cujos motivos podem ser
justificados somente pelas duas pessoas envolvidas. Situação que também gera
sofrimento. Diferente do sofrimento de quem se mantém na relação, mas
sofrimento.
Muitas pérolas deixam de ser
produzidas nos relacionamentos humanos. Outras ainda, depois de produzidas, são
jogadas fora, abandonadas, destruídas. E os argumentos são inúmeros. Pelo
raciocínio.Vive-se um tempo em que a dedicação, a paciência, o carinho, o
cuidado e principalmente o amor não são percebidos como nácar que encobre as
arestas que machucam, e por isso parte-se logo para o abandono. Como resultados
desse tipo de situação, pérolas são jogadas fora, ou nem chegam a ser
produzidas. Em primeiros, em segundos, em terceiros, em [...], relacionamentos.
Digladiar-se entre a carência de
uma separação; o cuidado ao envolver-se em novos relacionamentos; a superação
das diferenças para manter-se em um relacionamento pela vida após o matrimônio;
são sofrimentos de ostra.A convicção de que as dores valerão a pena é
necessária. Outros ingredientes também, como o humor, para compreender que não
vale a pena e não leva a lugar nenhum um machucar o outro ou mesmo se deixar
machucar por intrigas externas.
O processo de defesa é que
forma a joia!
Se assim, os reveses foram inúmeros
e nosso processo de defesa foi do tamanho do infinito, porque as joias
produzidas nos 30 anos de união matrimonial, de valor incalculável, não tem
preço:
Artur
Davi
Altamir Junior e Lilia
Fernanda e Mozer
Virginio e Leticia
A tradição é comemorar Bodas de
Prata, 25 anos, e Bodas de Ouro, 50 anos. Mas, Bodas de Pérola não poderiam
passar em branco. Pelo processo de “ostra” reagindo principalmente aos últimos
reveses inseridos em nossa vida conjugal. Trinata 30 anos de propósitos na mesma
direção apesar das diferenças foram comemorados com singelo jantar em Chalé do
Italiano, em Sinop-MT, a mais de três mil quilômetros da nossa terra natal e dos
nossos familiares.
Já comemoramos muitas datas importantes com casa cheia e barulho. Deles ficam a saudade e o agradecimento.
Hoje silêncio, aconchego, reflexão, conclusões...
Já comemoramos muitas datas importantes com casa cheia e barulho. Deles ficam a saudade e o agradecimento.
Em meu último aniversário comemorado com amigos do RS teve isso. Eu fiz. Eu fazia!
Hoje silêncio, aconchego, reflexão, conclusões...
Estamos conseguindo!
Joias foram produzidas!
O que virá sempre será melhor
do que já foi!
Resistindo aos reveses!
Natal de 2009 - Passo Fundo - RS
Natal de 2012 - Nova Mutum - MT
Casamento no civil: 19 de abril de 1985.
Filhos: Altamir Júnior; Fernanda e Virginio.
Netos: Artur e Davi.