Ludwig Wittgenstein
Ludwig Wittgenstein (1889-1951) foi um filósofo
austríaco que contribuiu com colocações inovadoras para a filosofia moderna, nos
campos da lógica, da filosofia da linguagem e da mente.
Ludwig Wittgenstein (1889-1951) nasceu em
Viena, na Áustria, no dia 26 de abril de 1889. Filho de rica família, em 1906,
ingressou na Techinsche Hochschule de Berlim. Em 1908 entrou na Universidade de
Manchester, com o objetivo de estudar engenharia aeronáutica. Logo desistiu, e
por influência de Gottlob Frege, matemático e filósofo alemão e um dos
criadores da lógica moderna, inscreve-se no curso do filósofo britânico,
Bertrand Russell, no Trinity College, em Cambridge. Em 1913 muda-se para a
Noruega onde se dedica ao estudo de lógica.
Em 1914, quando eclodiu a Primeira Guerra
Mundial, alista-se como voluntário no exército austríaco, sendo enviado para a
linha de frente na Rússia e na Itália. Em 1918 é ferido e preso pelos italianos
e só libertado em 1919. Nessa época, escreve o esboço de sua principal obra,
resultado de seus debates com Russel, intitulada “Tratado Lógico-Filosófico”.
Em 1919, após o falecimento de seu pai,
renunciou a herança e assumiu o cargo de professor em uma pequena escola
primária na Baixa Áustria. Nessa época, elaborou um dicionário ortográfico para
o ensino infantil. Em 1921 publicou “Tractatus Logico-Philosophicus” (Tratado
Lógico-Filosófico), em alemão e traduzido para o inglês no ano seguinte. Em
1926, em razão de seu estilo rigoroso, demostrando pouca paciência com as
crianças que não conseguiam acompanhar seu raciocínio, os pais dos alunos
pediram seu afastamento da escola. Em seguida, trabalhou como jardineiro em um
monastério nas proximidades de Viena.
Seu retorno à Filosofia se dá aos poucos. Em
1924 inicia contatos com os integrantes do chamado Círculo de Viana, que fundou
o sistema filosófico denominado de Positivismo. Em 1929, por influência de
Frank P. Ramsey, estudioso de matemática e da filosofia, decide retornar para a
Universidade de Cambridge. Nesse mesmo ano recebe o doutorado, apresentando
como tese o próprio “Tractatus Logico-Philosophicus”, sob a orientação de
Ramsey. A partir de 1930 passa a lecionar na mesma universidade.
No contexto de seus debates com o Círculo de
Viana, aos poucos, Ludwig Wittgenstein vai percebendo erros e equívocos graves
em sua primeira obra, e começa a escrever “As Investigações Filosóficas”,
publicada postumamente em 1953, numa edição bilíngue alemão/inglês.
Em 1939, Ludwig Witttgenstein é naturalizado
cidadão britânico. Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) ofereceu-se
como voluntário para os serviços de saúde e trabalha no Guy’s Hospital. Dois
anos depois da Guerra, demite-se da Universidade, passando a viver entre a
Irlanda, Oxford e Cambridge.
A filosofia de Wittgenstein foi dividida em
dois períodos: o primeiro, denominado Wittgenstein I, é o período anterior a
1929, que corresponde ao “Tratado Lógico-Filosófico”, e a enorme influência que
exerceu sobre o Círculo de Viena. O segundo, denominado Wittgenstein II, é o
período posterior a 1930 e correspondente às “Investigações Filosóficas”, que
exerceram grande influência sobre a filosofia analítica em geral, e sobre as
escolas de Cambridge e de Oxford.
Ludwig Wittgenstein faleceu em Cambridge,
Inglaterra, no dia 29 de abril de 1951.
Karl
Popper
Karl Popper (1902-1994) foi um filósofo
austríaco, naturalizado britânico, que elaborou teorias que refutavam o ideal
totalitário dos regimes comunistas e nazistas. Foi um dos maiores filósofos do
século XX. Escreveu livros como a “Lógica da Pesquisa Científica” e “A
Sociedade Aberta e Seus Inimigos”.
Karl Raimund Popper (1902-1994) nasceu em
Viena, na Áustria, no dia 28 de julho de 1902. Descendente de família judaica
recebeu grande incentivo para os estudos. Ingressou na Universidade de Viena e
doutorou-se em Filosofia. Com a ascensão do nazismo, emigrou para a Nova
Zelândia. Com o fim da Segunda Guerra Mundial, tornou-se assistente de ensino
na London School of The Economics em método científico, e passou a professor em
1949.
Karl Popper esboçou a teoria, cujo fundamento
era a ideia do racionalismo crítico, que em sua essência, era uma crítica ao
método indutivo e à ciência. Popper achava que, as teorias científicas eram
passíveis de erros e críticas, não havendo assim, uma teoria da ciência que
fosse eterna e imutável. Segundo ele o que deveria ser feito por outros
estudiosos era a comprovação da falseabilidade das teorias científicas para
elaboração de outras que poderiam resolver as questões propostas pela ciência.
Karl Popper era um simpatizante do comunismo,
mas abandonou o partido comunista quando percebeu que muitos amigos morreram em
defesa da causa marxista. Tornou-se adepto das ideias liberais da escola
austríaca, seguindo o exemplo de Ludwig Von Misses e F. Hayek.
A obra mais famosa do filósofo é “A Sociedade
Aberta e Seus Inimigos" (1945), onde Popper refletiu que o regime
democrático representativo é uma forma de limitar o poder do Estado, e de
ideologias como o nazismo e o comunismo que são perigosas para a formação da
sociedade aberta e democrática.
Karl Popper faleceu em Kenley, Inglaterra, no
dia 17 de setembro de 1994.
http://www.philosletera.org.br
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