A FORÇA DE ANITA
- A pessoa mais linda de todas estas
que estão aqui, é ele.
- Ele quem, D. Anita?
- Ele, pó! – e aponta para o marido,
elegante em seu terno escuro, ao seu lado, vestida de noiva.
Anita fica a olhar o casal no dia do
seu casamento, com sorriso permanente e com olhar que viajou, em uma fração de segundos, por uma história
de mais de sessenta anos de relacionamento harmonioso. Coisas
do amor!
A força da mulher Anita sempre me
encantou. Autoestima elevadíssima. A palavra de ordem era elogio. Elogios. A si.
Ao esposo já falecido. A cada filho. A quem estivesse com ela.
Uma das valentes mulheres desbravadoras
da Amazônia mato-grossense, Anita conservava em sua alma a “menina” de vestido
rosa, rindo e sorrindo a todos e a tudo.
Em um lindo vestido de renda cor de
rosa e uma rosa cor de rosa no peito, Anita partiu para sua viagem eterna onde,
com certeza, se encontrou com seu grande amor.
Em nada mudou na minha memória a imagem
de Anita ao conhecê-la por ocasião da entrevista para meu livro O BRILHO DE
ESTRELAS IMORTAIS e por ocasião do velório do seu corpo. Linda, no tom rosa,
com uma rosa, como uma rosa.
Anita.
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