terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

DOUTORADO EM BUANOS AIRES 


Leni Chiarello Ziliotto chegou em Buenos Aires dia 30 de janeiro para mais uma etapa do curso de Doutorado em Epistemologia e Historia da Ciencia, pela Universidad Nacional Tres de Febrero. Com aula durante todo o mes de fevereiro, Leni aproveita o primeiro dia de Buenos Aires sem aula para acompanhar visita oficial de Dilma Rousseff a Cristina Kirchner e conhececer o centro da capital argentina não vista em fevereiro de 2010.

O encontro entre as mandatarias dos dois paises latinos mereceu a atenção das "comunidades". Para reflexão do leitor deste blog, destacamos o texto publicado no site
http://www.gaz.com.br/noticia/260702dilma_recebe_documentos_das_maes_da_praca_de_maio.html:


A presidente Dilma Rousseff reuniu-se nesta segunda-feira com cerca de 20 representantes da associação Madres da Plaza de Mayo, na Casa Rosada, durante sua visita à Argentina. Esta foi a primeira viagem internacional da nova presidente e incluiu também uma reunião com a presidente Cristina Kirchner.

As representantes da associação, que luta pela investigação sobre o destino dos desaparecidos durante o regime militar argentino, entregaram a Dilma vasto material sobre o período de regime de exceção no país vizinho. Além de documentos e catálogos sobre direitos humanos, a brasileira foi presenteada com livros.

Ao chegar para o encontro com a presidente brasileira, a argentina Haydé Gastelu, integrante do grupo - Linha Fundadora, disse que a eleição de Dilma representa uma esperança para a questão dos direitos humanos.

Grupo Tortura Nunca Mais

A presidente do grupo Tortura Nunca Mais (seção Rio de Janeiro), Cecília Coimbra, espera que o encontro de Dilma Rousseff com militantes das organizações não governamentais (ONGs) Mães e Avós da Praça de Maio estimule o governo brasileiro a investigar crimes contra os direitos humanos ocorridos durante a ditadura militar (1964-1985) e fazer as reparações a vítimas e familiares de desaparecidos.

“Espero que essa agenda possa atualizar as marcas que ela (a presidente da República) traz”, disse Cecília em referência ao fato de Dilma Rousseff ter atuado na resistência contra a ditadura e ter sido torturada e encarcerada por “subversão”, no Presídio Tiradentes, em São Paulo, entre 1970 e 1972.

Segundo Cecília, o Brasil, diferentemente da Argentina, é um “país atrasado” na apuração de crimes e reparações. “É ainda preciso saber o que foi feito, como e quem é o responsável” cobrou ao dizer que as iniciativas dos governos de Fernando Henrique Cardoso (FHC) e Luiz Inácio Lula da Silva foram parciais. “Nenhum caso de desaparecimento foi esclarecido. Não houve vontade política”. Na Argentina, juntas militares e ex-presidentes da República inclusive foram presos após a redemocratização.

Na opinião de Cecília, alianças com “forças conservadoras” fizeram com que a transição política brasileira se desse como o ex-presidente e general Ernesto Geisel queria: “lenta, gradual e segura”, sem possibilidade de esclarecimento de crimes ocorridos.

fonte: Correio do Povo

Ver fotos: http://lenichiarello.blogspot.com/p/album.html

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