O amor entre o Céu e a Terra,
desde sempre, ocorre na água.
Na água da chuva.
Na água da fonte.
Na água do rio.
Na água do mar.
Em todo lugar, que
haja água.
Céu e Terra se beijam.
Céu e Terra se amam.
Os filhos do céu e da terra,
gerados na água, são todos órfãos,
ou de pai, ou de mãe.
Enquanto na terra são órfãos de pai,
ao se irem para o céu, ficam órfãos de mãe.
A mãe sabe
que não perde seus filhos.
Todos vão ao pai.
Os trovões
avisam que mais um está chegando.
A chuva é a certeza de que o filho chegou bem.
Com a chuva, o vento festeja.
E, na fonte,
na rua,
no rio,
no lago,
no mar,
onde houver água...
Céu e Terra se beijam.
Céu e Terra se amam.
Um amor que abre caminhos,
contorna obstáculos, desvia perigos.
Um amor que
ignora (ou destrói) inimigos,
renova-se a cada momento,
segue seu curso.
Um amor que
convida seus filhos
para comemorarem a vida.
Porque
entre o Céu e a Terra há amor!
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