terça-feira, 29 de outubro de 2013

29 DE OUTUBRO - DIA NACIONAL DO LIVRO




Leni Chiarello Ziliotto é degistar a surpresa de um universo poético, lírico, cortante como navalha nova. Poemas para refletir ou para sonhar, incisivos na ternura, doces na dissecação dos conflitos e incoerências. Feitos da pura sensibilidade que aflora à pele da mais promissora poetisa gaúcha da nova safra. Dr. Roberto Mauro Arroque.
Ler as poesias talhadas pela Leni Chiarello Ziliotto é entrar em sintonia com as rochas do desejo, das paixões, das fantasias, às vezes incontroláveis e imaturas, porém sempre rochas brutas que necessitam golpes rudes e caricias suaves para poder transformar em uma obra prima, que é a escritura do amor. Um amor ideal, porém descrito a partir da rudez e do realismo como o vivemos a cada dia: um amor capaz de mostrar a beleza da escultura sem disfarçar a rudez da rocha. Leonir Mário Chiarello.
Comentar ou falar sobre as expressões gráficas dos sentimentos da ARQUITETA DAS PALAVRAS, Leni Chiarello Ziliotto é tão difícil como conhecer a verdadeira essência individual das outras pessoas, pois somente a elas cabe a auto-descrição. Leni consegue transformar o estático em movimento, o imaginário no existencial, que nascem das suas navegações ao interior do “ser”. Consegue descrever silhuetas, com letras e motivar desejos, através dos seus personagens. ... coisas, de pranchas, canetas, réguas, compassos, enfim, de ARQUITETA...DAS PALAVRAS. Geraldo Peccin.


Deixei fazeres cotidianos para, durante algumas horas, dedicar-me ao que mais aprecio: ler poemas. MOSAICO DE PALAVRAS, de Leni Chiarello Ziliotto, compensou-me. Se ator é aquele que representa, aquele que veste um personagem, poeta é aquele que inventa, que chega, é aquele que se apresenta, é aquele que cria significado para as palavras. Leni Chiarello Ziliotto é assim. Apresenta-se com um livro como se, de repente, na praça, um novo mosaico, tecido de palavras densas, verbais, substantivas, abertas, plurais, grávidas de significados, passasse a atrair a atenção dos transeuntes, como estes versos: “Abri a cortina dos meus olhos, / vi o mundo através de você, / joguei a toalha para o céu, / tirei a roupa para o futuro, / abracei com carinho meu sonho,...”.       A poesia se constrói com imagens. Já o seu título, MOSAICO, reporta-nos diretamente a uma imagem. A tradição filosófica, segundo Marilene Chauí, sempre deu prioridade à imaginação reprodutora, considerando-a como um resíduo do objeto percebido que permanece retido em nossa consciência. Pode-se sentir a imaginação da poetisa à flor da pele: “Massageia meu corpo / com teu óleo masculino, / beija minha alma / com teus lábios de mel, / estuda meus pontos, / distribui teu cheiro, / abre nossos caminhos / e, na taça da vida, / deita-te comigo / para beberes do meu vinho / e me fazeres mulher.”. Também imagens claras saltam dos versos: “Queira-me! / Queira-me, assim, / entregue, / aberta, / indefesa, / carente, / envolvente! / Queira-me por dentro, / por fora, / por cima, / por baixo, / para a cama, / para o chão! / Queira-me com tudo o que tenho! / Queira-me assim: / Mulher!”. E nem é preciso decifrar um poema que se faz tão claro, transparente e direto. Poesia também brota destes versos: “Vem viver este amor, / neste mosaico de emoções / que sacodem teu corpo, / roubam tua alma, / dominam teu ser, / saciam tua sede / de cada novo / e estranho prazer.”. Eis a principal tonalidade do MOSAICO DE PALAVRAS: a intensidade da poesia expressa em coloridos diversos formando um mosaico inteligível: “O verde da primavera / - em vários tons - / na mata, / no campo, / na montanha... / nos teus olhos! / O verde dos teus olhos, / no meu olhar, / é primavera para mim.”;  “Meu relacionamento é vermelho / forte / fundo...” . Lírica, a poetiza canta a aventura inigualável de ser mãe: “Doce aventura, / assim que brota, / que cresce, / que aumenta. / Doce experiência, / assim que fala, / que canta, / que exala, / que invade os olhos, / as bocas, as mentes, os peitos, / as vidas. // Essa doce experiência, / da aventura / de carregar um filho no ventre.”. MOSAICO DE PALAVRAS tem esses tons e sons. Por vezes, mesmo as palavras mais denotativas, diretas, não deixam de ser poéticas, a exemplo de: ”Namorar, assim, / na mesa do bar, / no olhar, / na meia-idade, / com maturidade, / sem menos emoção, / abre caminhos diferentes, / permite surpresas / aos mesmos corações.” Resumindo, Leni é uma autora que vale a pena ser lida. Geraldo Farina. Professor, músico e escritor.


AMOR MEU SOL

Beijo forte

Beijo roubado

Beijo explicado
Beijo gostoso
Beijo teu




A palavra entusiasmo vem do grego e significa ter um deus dentro de si. Eles eram politeístas. Antigamente, pessoa entusiasmada era a que possuía um desses deuses em si e, por isso, tinha o dom de modificar a natureza, o meio em que vivia, e fazer o mundo acontecer. Segundo os gregos, somente pessoas entusiasmadas eram capazes de vencer os desafios do cotidiano. Era preciso, portanto, entusiasmar-se. A pessoa entusiasmada acredita em si mesma, na sua capacidade de se transformar, e à realidade, e de fazer as coisas darem certo. E Leni é uma dessas pessoas. Seu entusiasmo, contagiante, permite-lhe, e a quem a rodeia, uma nova visão do cotidiano. Ela não é grega nem politeísta, mas tem um desses deuses dentro de si: a poesia! Lizete Abrahão.



Leni cumpriu sua sina de mulher: casou, teve filhos, cuidou da casa, trabalhou e trabalha para contribuir no orçamento familiar. E escreve, assumindo seu ser poeta, deixando vazar seu olhar feminino sobre o mundo, como um modo de se expor e de expor um universo marcado culturalmente, fazendo com que o sujeito lírico ora se identifique com ele e ora se afaste, pendulando entre os preceitos em vigor e o s eu rompimento. Neste seu novo livro, que poderia ser um quase romance em versos, a autora nos conduz por entre outros mistérios da sua poética, como se, soprando um instrumento musical, nos atraísse com a melodia da sua expressão e dos seus mais profundos pensamentos. Provando a desnecessidade de padrões para que um poema se faça emoção, em cada um deles, Leni transborda segredos, desvenda sua consciência humanista, quase de romancista, como pretexto para nos dar a conhecer o despertar da sua Carolina. Lendo-a percebi algo diferente no modo de olhar e napostura dessa recém-nascida personagem poética que me despertou uma curiosidade que, a princípio, não soube compreender bem a razão. Depois, refletindo, vi que Carolina é um novo olhar frente ao mundo, um voltar-se para dentro de si em busca de maior expansão do próprio eu. E foi desse “eu” que nasceu “Carolina que fechou uma porta”, que não se faz de aparências, que não usa máscaras, que olha tanto para o real quanto para o vazio, sem medo algum de perder as ilusões e que fechou uma porta de desencantos, mas que abriu outras portas para novos encantos. No tom de confidência, nos versos livres, nas estrofes heterogêneas e na linguagem coloquial expressiva, pulsam a vida, o lírico da temática amorosa e a reflexão, chamando o leitor para passear com Carolina e conhecer seus mistérios. Lizete Abrahão.


Para Leni

Conheci, uma vez, uma mulher,
Apaixonada pela poesia.

Lápis em punho faz o que quer,
Pelos poemas, vive em magia.

Em melodias faz suas tristezas,
Com garra, com paixão, os versos doma...

Amante e musa quer mais que belezas,
E de mundo constrói sua redoma.

Poeta, ser mulher, pura harmonia,
Habitam-se nas curvas e contornos...

Entre o inferno e um mar de alegoria
Uma só cruz não vale seus adornos.

Leni, vive em amor e vai por mim:
Toma um café e um verso no jardim!


Lizete Abrahão


LENI CHIARELLO ZILIOTTO ESCRITORA
A poetiza
Quem conhece Leni sabe que ela adora escrever, que, se pudesse, passaria a maior parte do seu tempo escrevendo, ou brincando com as letras - sua paixão - como prefere dizer. Aos doze anos, suas veias foram invadidas pela poética. Desde então, é debruçada sobre o papel - hoje, o computador - que continua fazendo do poetar o seu momento de libertação, de invadir seus sonhos e trazê-los para os versos.
Em 2009, organizou e concretizou o projeto Roda-mundinho, incitando os alunos de uma escola de Serafina Correa a participarem da sua execução e selecionando poemas de crianças de até 15 anos. O Roda-mundinho foi idealizado pelo criador do projeto Roda-mundo, Douglas Lara, de Sorocaba/SP, e apoiado pelos seus participantes, em uma interação que veio mostrar que a arte pode ser um lastro importante no erguimento de toda a prática pedagógica.
Em suas obras, Leni imprime a força da inspiração por meio de palavras carregadas de significados. Seu público é composto por adultos e por jovens, talvez por impactar o leitor com uma realidade, às vezes dura, às vezes mítica, às vezes imagética, levando-o a pensar e a questionar-se.
Em alguns momentos, inspira-se na fantasia para recriar a sua realidade e a do mundo feminino, fazendo dela sua companheira, mas recompondo-a, para que a mulher, em especial, desfaça seu mundo de conflitos, colocando-se entre a coragem de tentar assumir seu papel e a audácia de ser mulher. Para essa poetiza, nada é utopia, pois tudo é possível em se querendo.

Publicações
Produção independente
- Metamorfose – poemas. Também traduzido para o italiano, Metamorfosi. 2001
- Mosaico de Palavras – poemas. 2004
- Sonhos Vividos–poemas. E-book publicado por www.yaranazare.com e sua editora. 2005
- Amor meu sol – poemas. 2006
- Sabores – poemas. 2008
- Mosaico de Palavras – poemas. Segunda edição, revista, atualizada e aumentada. 2010
- Carolina fechou uma porta – Primeira edição. 2011
- Carolina fechou uma porta – Segunda edição, revista. 2012
- Carolina fechou uma porta – Terceira edição, revista. 2012

Antologias
- Antologia da Editora Scortecci, lançada na 17ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo. 2002
- Voo Independente, antologia da Associação Gaúcha dos Escritores Independentes (AGEI), autografada na 48ª Feira do Livro de Porto Alegre. 2002
- Tempo Definido, coletânea publicada em comemoração aos vinte anos da Editora Scortecci, de São Paulo. 2003
- Tempo de Poesia, Edição Especial de Lançamento Primavera 2003, antologia da Editora Novas Letras. 2003
- Livre Pensador, antologia da Editora Scortecci, autografada na Bienal de São Paulo e da antologia internacional. 2003
- 1ª Antologia Poética, edição histórica AVBL-Associação Virtual Brasileira de Letras. 2004
- Voo Independente, da AGEI, para as Feiras do Livro de Porto Alegre. 2004 a 2009
- 2ª e 3ª Antologia Poética – Literária, Associação Virtual Brasileira de Letras. 2005 e 2006
- Antologia Literária Virtualismo, Escola de Atores, Escritores e Poetas Virtuais. Editora AVBL. 2005
- Roda-Mundo, Roda-Gigante, Antologia Internacional da Editora Ottoni, de São Paulo. 2004, 2005, 2006, 2008 e 2009
- Delicatta, Projeto Literário VII da Editora Delicatta, de São Paulo. 2012
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Organização de obras
- Gestão Escolar - Educação a Distância – Artigos de alunos do curso de Especialização em Gestão Escolar, do município de Guaporé/RS. 2005
- Hai Cais Antologia - Resultado de trabalho pedagógico com alunos do Ensino Fundamental, E-book publicado por www.yaranazare.com e sua editora. 2005
- Contos de Fadas Contemporâneos – Coletânea - Resultado de trabalho pedagógico com alunos do Ensino Fundamental, E-book publicado por www.yaranazare.com e sua editora. 2005
- Psicopedagogia - Educação a Distância - Artigos de alunos do curso de Especialização em Psicopedagogia, dos municípios de Guaporé/RS e São Jorge/RS. 2006
- Psicopedagogia - Educação a Distância 2 - Artigos de alunos do curso de Especialização em Psicopedagogia, do município de Casca/RS. 2006

Textos e poemas publicados em vários sites literários.
            Confere-se essas publicações digitando o nome da autora em sites de busca.

Além disso, Leni é autora da letra da música, Penso, que ganhou o primeiro prêmio como melhor letra no concurso: Sim, Guaporé Tem Talento, na comemoração do centenário de fundação do município. Também, Leni Chiarello Ziliotto é sócia fundadora da Academia Virtual Brasileira de Letras -AVBL, ocupando a cadeira de número quarenta e oito (48) e tendo Adélia Prado por madrinha.


No site www.branccamaria.com.br, no link “Biblioteca”, encontra-se disponível três e-books. Dois deles produzidos por crianças de Serafina Corrêa-RS. Vários textos estão disponibilizados em sites literários, sendo possível conhecer alguns digitando o nome completo da autora em sites de busca.


















DIA NACIONAL DO LIVRO
O dia 29 de outubro foi escolhido para ser o Dia Nacional do Livro em homenagem à fundação da Biblioteca Nacional, que ocorreu em 1810. O acervo chegou antes, em 1808, quando a Família Real Portuguesa foi transferida para o Brasil e D. João VI fundou a Imprensa Régia. O acervo era comporto por cerca de 60 mil peças incluindo livros, manuscritos, mapas, estampas, moedas e medalhas. Como o prédio da biblioteca ainda não estava pronto, as obras ficaram guardadas no Hospital do Convento da Ordem terceira do Carmo, no Rio de Janeiro. Inaugurada em 1810, a Biblioteca Nacional só foi aberta ao público em 1814.
O primeiro livro publicado no Brasil foi “Marília de Dirceu”, de Tomás Antônio Gonzaga. A partir da metade do século XIX, alguns europeus começaram a se instalar no Brasil e fundar casas editorias. O crescimento editoria cresceu na década de 1930 com a fundação da Companhia editorial Nacional pelo escritor Monteiro Lobato, em 1925. Segundo a UNESCO, a Biblioteca Nacional do Brasil, situada na Avenida Rio Branco, 219, no centro do Rio de Janeiro, é a maior biblioteca da América Latina e a oitava maior do mundo.

A ORIGEM DO LIVRO
Os textos mais antigos foram orações budistas feitas no Japão por volta do ano 770. Mas desde o século II, a China já sabia fabricar papel, tinta e imprimir usando mármore entalhado. Foi então, na China, que apareceu o primeiro livro, no ano de 868. Na Idade Médias, livros feitos à mão eram produzidos por monges que usavam tinta e bico de pena para copiar os textos religiosos em latim. Um pequeno livro levava meses para ficar pronto, e os monges trabalhavam em um local chamado Scriptorium
O ourives culto e curioso Johannes Gutenberg (1398-1468) nasceu em Mainz, na Alemanha e, é considerado o criador da imprensa em série. Ele criou a prensa tipográfica, onde colocavam letras que eram cunhadas em madeira e presas em fôrmas para compor uma página. Essa tecnologia sobreviveu até o século XIX com poucas mudanças. Por Volta de 1456, foi publicado o primeiro livro impresso em série: a Bíblia de 42 linhas. Conhecida como “Bíblia de Gutenberg”, a obra tinha 642 páginas e 200 exemplares. A invenção de Gutenberg marcou a passagem do Mundo medieval para a Idade Moderna: era de divulgação do conhecimento.

A IMPORTANCIA DO LIVRO
O livro é um meio de comunicação importante. Ao ler um livro, evoluímos e desenvolvemos nossa capacidade crítica e criativa. O hábito da leitura aprimora a linguagem e a comunicação com o mundo. O livro impresso ainda representa uma opção interessante de leitura porque podemos ler quando, onde e no ritmo que escolhermos.

 O LIVRO NA ERA DA INFORMÁTICA
Há quem diga que o livro impresso, com o advento do cyberespaço, vai acabar. Outros dizem que as duas versões, a impressa e a eletrônica, vão viver lado a lado. As editoras online disponibilizam ao leitor as duas versões, podendo fazer o pedido do livro impresso, podendo baixar em PDF e imprimir ou ainda ler diretamente no computador ou outro leitor de texto. A ferramenta internet nos fornece duas opções de leitura: online ou offline. Podemos encontrar livros de todos os genros e de todos os gostos em espaços virtuais como o site www.baixelivros.com.
  

Fonte: IBGE



Um comentário:

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