terça-feira, 1 de maio de 2012

OPÇÃO



Faz tempo, muito tempo
que minha mão não faz o movimento do coração
não registra minha emoção

Tem tempo de espera
Tem tempo de poda
Tem tempo de produção

Não tenho mais tempo
Não tenho tempo pro sol
Não tenho tempo pra lua
Não tenho tempo pra ficar nua

Faz tempo, muito tempo
que não tenho tempo

Meus filhos se foram
eu continuo sem tempo
para um beijo de bom dia
para um padre nosso ou ave maria

Quem não perdeu tempo foi o tempo
Cantou o tempo todo
ao som da chuva
Perfumou o ar
ao movimento de cada primavera
Sorriu para a vida
com o canto dos pássaros
Refrescou os pés
que dedicaram tempo ao orvalho

O tempo viveu seu tempo
Eu?
Não percebi
que perdi meu tempo
dedicando tempo
a um tempo
que não segurou meu tempo
e
em tempo
decido dar um tempo

Sento
neste momento
na varanda
olho o sol se pondo
respiro fundo esse tempo
percebo meu amor sorrindo.

Vivo
em tempo
um bom tempo
Poema publicado da 2ª Antologia Poética-LIterária AVBL 

segunda-feira, 2 de abril de 2012

HORIZONTES


Fecham-se portas
Quando teus projetos são outros
Quando teu futuro é mais
Outros caminhos são a glória
Novos rumos é teu ideal
            Não chore o que não foi
            Tudo é para ser mais
            O brilho do sol sempre é
            Após a noite sem luz
            A lua sempre brilha
            Mesmo atrás de nuvens negras
A força do universo
Está na alma verdadeira
A beleza da vida é nossos sentimentos
A felicidade é o amor maior
Amor a teu semelhante
            Olha para cima
            Lá estão as estrelas
            Lá é teu lugar
            Se o vento fechou a janela
            Bateu na tua cara
            É o grande sinal
            Este mundo já não te merece
            Es muito mais
Poema publicado da 2ª Antologia Poética-LIterária AVBL 

quinta-feira, 1 de março de 2012

ESPERANÇA


O fogo canta a lenha
                                   Com o vento vem a palavra
                       Soprada com cuidado                         
                                   Passa pelo céu do momento
                       Lembranças de justiça
                                   De criança crescida
                       Sentada hoje no colo do mundo
                                   No ritmo do mar
                       Com desejos embalados
                                   Na sinfonia do olhar
Poema publicado da 2ª Antologia Poética-LIterária AVBL 

domingo, 5 de fevereiro de 2012

O amor entre o céu e a terra

O amor entre o céu e a terra, após a Polinésia,
acontece somente na água.

Na água do mar.
Na água do rio.
Na água da fonte.
Na água da chuva que corre pela calçada ou pela lama.
Em todo lugar, que haja água.

Os filhos do céu e da terra, gerados na água,
são todos órfãos, ou de pai ou de mãe.

Enquanto na terra são órfãos de pai,
ao se irem para o céu ficam órfãos de mãe.

A mãe sabe que não perde seus filhos.
Todos vão ao pai.

A chuva é a certeza de que mais um filho chegou bem.
Os trovões avisam que ele está chegando.
Com a chuva, o vento festeja.

E, na rua, na lama, no lago, na fonte, no rio, no mar,
onde houver água, céu e terra se amam.

Um amor que
abre caminhos,
contorna obstáculos,
desvia perigos,
ignora (ou destrói) inimigos,
se renova a cada momento,
segue seu curso,
convida seus filhos,
a cantar a existência
do amor verdadeiro.

Leni Chiarello Ziliotto
02 de Fevereiro de 2012
Buenos Aires



sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Tchê,
numa dessas
tardes em que
o sol tava se indo
embora, e eu no meu
matear solito, comecei a pensar.
Estamos botando mais uma marca
na existência da vida. Então decidi que
deveria mandar uma tropilha de palavras
pra ti, assim, poderia dividir com meus amigos,
esses devaneios de saudades desse tempo que já se
foi, pois já estamos no fim dessa etapa chamada de 2011.
Nisso me lembrei dessa tal de INTERNETCHE, achei que
seria fácil, era só camperiar por alguns SITES e já de pronto
acharia o que estava por campear. Me deparei com muita coisa da
buena, mas nada daquilo que eu queria te dizer, pois descobri que não
havia ali as palavras puras que minha xucra alma sente para falar contigo.
Por isso vivente te digo, com esse meu jeitão rude, que fiz tudo que pude.
Pra te dizer o que minha alma sente,  queria ter te encontrado todos os dias,
ter te dito, Buenos dias, buenas tarde, buenas noite e tudo mais, mas, talvez
nos vimos tão depressa, no  afazer das nossas tarefas, que nem isso aconteceu,
pois o ano recém nasceu, e já está para acabar.  Mas peço ao Tropeiro do Universo, sim,
Ele que tudo pode, que nos traga sentimentos nobres, de amor e amizade. Que tenhas lembranças boas, por tudo que te aconteceu. Que o Menino que há 2000 anos nasceu, nos ilumine todos os dias. Que renasça a alegria, para quem à perdeu. Que se a caso não te aconteceu, tudo aquilo que queria. Que não percas a alegria, o entusiasmo e a coragem, a vida é uma viagem, mas é nós que escolhemos
o caminho,
espere mais
um pouquinho,
e tudo vai
acontecer.
Um novo ano
vai nascer,
deposite
nele tua
esperança,
quem espera
sempre alcança,
diz o velho ditado.


Então, te desejo parceiro(a), junto com tua gente,  um Novo Ano maravilhoso,  de conquistas, alegrias e realizações.
Mas para que tudo aconteça, antes, se agarre na proteção do céu, agradecendo ao Pai Soberano,
pois assim a cada ano, será feliz o teu viver, e em cada amanhecer,

será como um NOVO ANO !!!Feliz Natal!!!

E um baaaaaaaita 2012!!!!

Leni Chiarello Ziliotto

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Autor do texto: desconhecido (se você for autor do texto, favor fazer contato para dar créditos à obra)

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

CONVITE




APRESENTAÇÃO
            Leni cumpriu sua sina de mulher: casou, teve filhos, cuidou da casa, trabalhou e trabalha para contribuir no orçamento familiar. E escreve, assumindo seu ser poeta, deixando vazar seu olhar feminino sobre o mundo, como um modo de se expor e de expor um universo marcado culturalmente, fazendo com que o sujeito lírico ora se identifique com ele e ora se afaste, pendulando entre os preceitos em vigor e o seu rompimento.
            Neste seu novo livro, que poderia ser um quase romance em versos, a autora nos conduz por entre outros mistérios da sua poética, como se, soprando um instrumento musical, nos atraísse com a melodia da sua expressão e dos seus mais profundos pensamentos.
            Provando a desnecessidade de padrões para que um poema se faça emoção, em cada deles, Leni transborda segredos, desvenda sua consciência humanista, quase de romancista, como pretexto para nos dar a conhecer o despertar da sua Carolina.
            Lendo-a percebi algo diferente no modo de olhar e na postura dessa recém-nascida personagem poética que me despertou uma curiosidade que, a princípio, não soube compreender bem a razão. Depois, refletindo, vi que Carolina é um novo olhar frente ao mundo, um voltar-se para dentro de si em busca de maior expansão do próprio eu. E foi desse “eu” que nasceu “Carolina que fechou uma porta”, que não se faz de aparências, que não usa máscaras, que olha tanto para o real quanto para o vazio, sem medo algum de perder as ilusões e que fechou uma porta de desencantos, mas que abriu outras portas para novos encantos.
            No tom de confidência, nos versos livres, nas estrofes heterogêneas e na linguagem coloquial expressiva, pulsam a vida, o lírico da temática amorosa e a reflexão, chamando o leitor para passear com Carolina e conhecer seus mistérios.

Para Leni

Conheci, uma vez, uma mulher,
Apaixonada pela poesia.
Lápis em punho faz o que quer,
Pelos poemas, vive em magia.

Em melodias faz suas tristezas,
Com garra, com paixão, os versos doma...
Amante e musa quer mais que belezas,
E de mundo constrói sua redoma.

Poeta, ser mulher, pura harmonia,
Habitam-se nas curvas e contornos...
Entre o inferno e um mar de alegoria
Uma só cruz não vale seus adornos.

Leni, vive em amor e vai por mim:
Toma um café e um verso no jardim!

Lizete Abrahão

domingo, 3 de julho de 2011

POETA

O poeta agarra toda a beleza
Beija a alegria afaga a tristeza
Coleta alegra, enlaça seduções
Faz vibrar amor com emoções.

Poeta vê invisibilidade da poesia
Encontra-a na curva do caminho
Dá aos lábios os jeitos de alegria
Ao sentir mil afogos de carinho.

Poeta empurras dores tormentosas
Agarra raízes da cultura sua gente
Vê a cor sente perfume das rosas
Empresta à vida, tom de contente.

Joga com letras como com a bola
Letras não tem fim do que dizer
Enriquece a vida que o consola
Empresta a quem lê poesia, prazer.

O poeta agarra as estrelas e o luar
Embrulha amor em sentimento
Ele dá prazer ao beijo e abraçar
Dá calor à alegria, ao sofrimento.

Acaricia corações à humanidade
Diz sempre o que sente o coração
Dá a verdade a toda a igualdade
Poeta procura repartir a todos, pão.
Por: Armando C. Sousa

Narrativas de Distopia: Reflexões sobre o Mundo Atual na Ficção

1. O Reflexo Distorcido: Distopias servem como espelhos distorcidos da sociedade atual. Ao explorar mundos sombrios e opressivos, os escrito...