APRESENTAÇÃO
Leni cumpriu sua sina de mulher: casou, teve filhos, cuidou da casa, trabalhou e trabalha para contribuir no orçamento familiar. E escreve, assumindo seu ser poeta, deixando vazar seu olhar feminino sobre o mundo, como um modo de se expor e de expor um universo marcado culturalmente, fazendo com que o sujeito lírico ora se identifique com ele e ora se afaste, pendulando entre os preceitos em vigor e o seu rompimento.
Neste seu novo livro, que poderia ser um quase romance em versos, a autora nos conduz por entre outros mistérios da sua poética, como se, soprando um instrumento musical, nos atraísse com a melodia da sua expressão e dos seus mais profundos pensamentos.
Provando a desnecessidade de padrões para que um poema se faça emoção, em cada deles, Leni transborda segredos, desvenda sua consciência humanista, quase de romancista, como pretexto para nos dar a conhecer o despertar da sua Carolina.
Lendo-a percebi algo diferente no modo de olhar e na postura dessa recém-nascida personagem poética que me despertou uma curiosidade que, a princípio, não soube compreender bem a razão. Depois, refletindo, vi que Carolina é um novo olhar frente ao mundo, um voltar-se para dentro de si em busca de maior expansão do próprio eu. E foi desse “eu” que nasceu “Carolina que fechou uma porta”, que não se faz de aparências, que não usa máscaras, que olha tanto para o real quanto para o vazio, sem medo algum de perder as ilusões e que fechou uma porta de desencantos, mas que abriu outras portas para novos encantos.
No tom de confidência, nos versos livres, nas estrofes heterogêneas e na linguagem coloquial expressiva, pulsam a vida, o lírico da temática amorosa e a reflexão, chamando o leitor para passear com Carolina e conhecer seus mistérios.
Para Leni
Conheci, uma vez, uma mulher,
Apaixonada pela poesia.
Lápis em punho faz o que quer,
Pelos poemas, vive em magia.
Em melodias faz suas tristezas,
Com garra, com paixão, os versos doma...
Amante e musa quer mais que belezas,
E de mundo constrói sua redoma.
Poeta, ser mulher, pura harmonia,
Habitam-se nas curvas e contornos...
Entre o inferno e um mar de alegoria
Uma só cruz não vale seus adornos.
Leni, vive em amor e vai por mim:
Toma um café e um verso no jardim!
Lizete Abrahão
Parabénsss!!!!
ResponderExcluirMais um lançamento....
Orgulho Mãe !!!
Quero meu exemplar....
Te Amo !!
♥