Se eu pudesse agora
voaria sobre esse mundo real
só para ver a odisseia
da humanidade que não passa
de uma condição astral.
A regra, o metro, a rima...
Tudo a serviço da arte, da beleza.
Eu bebo um sabor
de vinho, de realeza.
A condição efêmera da arte
se estabelece de maneira imoral.
Olhos atentos vigiam.
E você não vive um minuto real.
Que pobre é esse homem
que tem o dinheiro como seu servo!
O orgulho e o poder temporário
consomem a felicidade de todos.
E pregam a paz!
Sem olhar para o mar, para o céu.
Sem ouvir o som da chuva.
Sem viver amores com cheiro forte de paixão.
Sem a arte da arte.
Sem a arte da arte.
E pregam a paz.
Leni, 2015.
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