terça-feira, 25 de abril de 2017

O GRANDE DIA CHEGOU


INTER E TRANSDISCIPLINARIDADE - COMO TRABALHAR?



Não sabe se servir das ideias, quem não cultiva as palavras.
Olavo Bilac


Um convite. Um bom convite!

SER DE VISÃO – Volume 1, registra os tudo e os que ainda será de cada um, de escritores e de leitores. O texto escrito é somente do autor até o momento que o leitor se apropria das palavras para dar-lhes seu significado. De todas as emoções envolvidas na escrita dos textos, fica agora a sua interpretação, caro leitor. Essa é uma viagem individual e que, por isso, sempre vale a pena.

Convidados a escreverem, professores e alunos, desde o início do ano letivo de 2016, sabendo que as boas produções seriam registradas em uma obra impressa, os textos foram produzidos com liberdade temática, com liberdade de gênero, com liberdade! Para representar a primeira publicação impressa do Colégio Regina Pacis de Sinop, em Mato Grosso, essa foi a dinâmica: liberdade!

Dado o primeiro passo, daqui é seguir o caminho, sempre na direção do melhor. Do melhor para todos. Não poderia ser em um momento mais especial. Em 30 de janeiro de 2017 as Religiosas da Instrução Cristã marcaram 20 anos de presença em Sinop pautadas no carisma da congregação, dedicar-se e consagrar-se inteiramente à juventude, portanto, à instrução cristã de crianças e jovens sinopenses. Que essa publicação seja ‘um’ entre os demais elementos de registro desse importante momento para a Congregação e para Sinop, 20 anos de muito mais que educação, missão.

Pesquisando a trajetória Regina Pacis em Sinop, encontramos registros, no periódico ‘Somos Assim’, de poemas, na sessão ‘Antologia’ e na sessão ‘Pudim Literário’.  No periódico do mês de maio, ano de 2000, encontramos nada menos que a ‘Academia Regina de Letras’ com registro de manifestações como “[...] a leitura vai de vento em popa [...]” e textos de alunos desde o 1º ano do ensino fundamental. Pode-se dizer que foi a criação da Academia Regina de Letras, em maio de 2000. Nos periódicos seguintes ela aparecia como ‘Academia RL’. Depois, ‘Academia de Letras Regina Pacis’ ao lado da ‘Academia de Artes Regina Pacis’.  Percebe-se a intenção e a vontade de sistematizar, registrar e socializar produções literárias na instituição. Seguindo a pesquisa, percebemos com certa tristeza que a Academia Regina de Letras bem como a de Artes não apareceram mais em nenhum registro desde o ano de 2003. 

Quiçá quebrando o protocolo de uma apresentação literária e velemo-nos dessa voz, além de apresentar a obra SER DE VISÃO – Volume 1, provocamos o resgate de duas Academias do Regina Pacis: a Academia Regina Pacis de Letras e a Academia Rgina Pacis de Artes. Argumento? Palco vazio, todos podem ocupar. Vamos ocupá-lo com literatura e arte. O menino e a menina que se envolve com leitura e com arte tem uma visão de mundo muito mais humanizada, e por isso poderá ser um instrumento de paz com mais propriedade. Nas palavras de Silvio Luzardo, “O livro nas mãos de uma criança é uma extensão de sua inocência. Mas também um alimento que começa a ser saboreado para todo o sempre”.

SER DE VISÃO. Um conceito de significado plural. Aqui, diz que os registros são obras da inteligência, são produções, criações. E também pretende promover a apreensão da visão que transforma sonhos em realidade.   


Este volume I provoca a comunidade Regina Pacis de Sinop a fazer dele um instrumento de promoção da gestão de processos de estado e não de governo. Ou seja, passaremos, mas as Academias de Letras e de Artes permanecerão ativas produzindo, promovendo, vivendo. Que venha o volume II para o bem geral dos leitores!


Ousamos propor esse livro, fonte de prazer e conhecimento, como presente a amigos e familiares em ocasiões especiais e não especiais também, como um bom presente, contribuindo, assim, para a construção de uma cultura de cultura.

E, como bem disse alguém um dia que livro tem asas, sabemos que elas poderão levar esses escritos e desenhos para além mar, nos permitindo repetir e repetir:
Este é um convite. Um bom convite!

Boa leitura!


FUNDAMENTAÇÃO


O desenvolvimento de interesses e hábitos permanentes de leitura é um processo constante, que principia no lar, aperfeiçoa-se sistematicamente na escola
e continua pela vida afora.
 Bamberger

Reconhecer a importância da literatura e incentivar a formação do hábito de leitura são funções também da escola. Nesse sentido, a publicação de textos produzidos por alunos é um caminho motivador e que favorece à criança e ao adolescente o desenvolvimento da imaginação de forma prazerosa e significativa, bem como a manifestação de emoções e sentimentos.

O trabalho de ensino no âmbito conceitual de forma significativa está contemplado no projeto político pedagógico do Colégio Regina Pacis ao propor que “todas as atividades didáticas busquem favorecer a criatividade e a autonomia, considerando a criança e o adolescente agente ativo de seu próprio desenvolvimento”. Essa concepção está pautada na teoria de Vygotsky, que também fundamenta o fazer pedagógico no Colégio. (P.P.P. Pag. 05).

Ainda com base no projeto político pedagógico, esta publicação é uma ação que está no bojo dos pressupostos metodológicos do Colégio, porque se dá no

planejar, executar, avaliar e reavaliar as possibilidades, em sala de aula, para ensinar e aprender, considerando o processo, entre outros, como: [...]; alternativa de articulação da vida cidadã do aluno, no seu meio social; [...]; veículo para significar conteúdos sempre ligados em rede/espiral; maneira de o aluno em sala produzir, construir, montar, experimentar em lugar de reproduzir; [...]; meio de simbolizar e organizar seu mundo de modo lúdico; alternativa para que o aluno se sinta afetivamente parte do grupo social; experiência de ver, manipular, experimentar, verbalizar sobre coisas do mundo em sua volta, ampliando a vivência da sua linguagem e suas possibilidades mentais, colocando-o em um mundo complexo de relações que o provoca a organizá-las; [...]. (P.P.P. Pag. 06).

Desenho, pintura e literatura enquanto arte, também resgata no aluno seu “papel como agente crítico e transformador, comprometido com os aspectos sociais, políticos, culturais e econômicos e com o desenvolvimento local, regional e nacional, na sua forma de pensar, agir e expressar”. Bem como, possibilita ao aluno um “trabalho criador”. (P.P.P. Pag. 07).

 Não é novidade dizer da importância de ouvir e escrever histórias, do contato com o livro e do hábito de ler para a construção de sujeitos sociais críticos, responsáveis e atuantes na sociedade, onde as trocas sociais acontecem rapidamente, seja através da leitura, da escrita, da linguagem oral ou visual. E se a promoção da leitura e da escrita favorece o desenvolvimento gradativo do pensamento reflexivo e a consciência crítica em relação ao mundo, a literatura, segundo teorias da educação, é uma arte da linguagem e como qualquer arte exige uma iniciação.

Esta publicação, portanto, pretende contribuir para o exposto com o aval do projeto político pedagógico do Colégio quando propõe o atingimento dos objetivos:

- criar condições para que o aluno desenvolva sua competência comunicativa, discursiva, e sua capacidade de utilizar a língua de modo variado e adequado ao contexto, às diferentes situações e práticas sociais;
- ampliar e aperfeiçoar as possibilidades de expressão oral e escrita, fazendo com que os alunos reconheçam os procedimentos necessários para tanto, além de tornar-se consciente das intenções implícitas nos discursos cotidianos e aptos à tomada de posicionamento diante dos mesmos;
- reconhecer a norma culta da língua como meio de acesso a recursos de expressão e compreensão dos discursos e, com isso, enfrentar as contradições existentes na sociedade, bem como afirmar-se como sujeito individual inserido na coletividade;
- possibilitar o acesso às mais diversas variedades linguísticas, bem como aos mais diferentes textos que circulam nas esferas sociais;
- valorizar a experiência linguística do aluno, bem como sua interação social. (P.P.P. Pag. 41).
  
Como indicam também os PCNs, o fazer pedagógico no Colégio Regina Pacis possibilita aos alunos a participação de diversas práticas que envolvem a leitura e a escrita, o que contribui para sua formação, como já foi dito, enquanto cidadão. Por isso, adota uma postura que “privilegia a língua como algo vivo, que não está pronto e acabado”. Uma prática pautada no dizer de Bakhtin (2003) quando afirma que “o ensino da língua materna não se dissocia do discurso como prática social, perpassando, portanto, por diferentes vozes, que se ligam, por sua vez, a diversas ideologias em jogo nas diferentes esferas sociais”. (P.P.P. Pag. 42).  

Ao estimular jovens a produzirem obras supera-se o paradigma de que escrever e ilustrar um livro são tarefas exclusivamente para intelectuais, mostrando que crianças e jovens também tem recursos para passar para o papel suas criações. Respeitando a liberdade de expressão, professores forneceram aos autores deste livro referenciais que enriqueceram o repertório, trabalhando com muita leitura, com muita escrita e com muita ilustração. Uma forma de ensinar e de aprender linguagens construindo personagens, montando histórias, recontando histórias lidas, interpretando através de imagens, enfim, um ensino com significado e para a cidadania. Parafraseando Paulo Freire, “educar exige respeito à autonomia do ser do educando”.

Por outro lado, o livro impresso parece algo em extinção, visto que vivemos num contexto de tecnologias avançadas e, por isso, repleto de fontes possíveis e disponíveis. Para muitas pessoas, os impressos passam a não ter sentido na era da internet. Contudo, o contato com as páginas de um livro impresso continuará proporcionando singular prazer e encantamento, assim como as telas do cinema estão para os filmes em DVD ou pela internet. Essa concepção é para aquelas pessoas que acreditam que o livro, além de instruir, informar e ensinar, pode dar prazer.

Mais do que um colégio, a presença das Religiosas da Instrução Cristã na vida de crianças e jovens de Sinop, é uma missão. A missão de formar pessoas com excelência acadêmica e desenvolvimento de valores humanos pela vivência de virtudes éticas. O perfil do Colégio Regina Pacis é de formação integral para a cidadania.

Por isso, a função de cada disciplina aqui envolvida é mais do que a “formação de um leitor crítico”. O pressuposto é de um ensino com “função humanizadora”, como, por exemplo, a literatura, que “libera a imaginação, a fantasia, correspondendo a uma necessidade do homem. Ao mesmo tempo educa, ensina, traz conhecimento. Ela recria a realidade, mostrando seus aspectos positivos e negativos; supre uma necessidade humana e, ao mesmo tempo, tem uma função formadora”. (P.P.P. Pag. 43).



Leni Chiarello Ziliotto

Coordenação de Projetos
Colégio Regina Pacis
Sinop-MT


ALGUMAS IMAGENS INTERNAS DA OBRA









segunda-feira, 10 de abril de 2017

CIRCULA MT – 2016


SELEÇÃO PÚBLICA DE PROJETOS CULTURAIS Nº 001/2016/SEC-MT
“CIRCULA MT – 2016”

RESULTADO DEFINITIVO DE AVALIAÇÃO TÉCNICA

A Comissão Permanente Técnica de Seleção inscritos nos Editais de seleção de projetos culturais promovidos pela Secretaria de Estado de Cultura de Mato Grosso, designada pela Portaria nº 097- 2016/SEC, publicada no Diário Oficial do Estado de Mato Grosso, no dia 28/06/2016, edição nº 26806, torna público o resultado definitivo da fase de Avaliação Técnica dos projetos habilitados na Seleção Pública nº 001/2016/SEC-MT, a saber:

ARTES VISUAIS INSCRIÇÃO
PROJETO
MUNICÍPIO
STATUS
On-783504660
MOSTRA FOTOGRÁFICA SANTOS PANTANEIROS
Cuiabá
SELECIONADO
On-105126470
SANTOS DA BAIXADA
Cuiabá
SELECIONADO
On-1074946279
OLHARES OCULTOS PAISAGENS PERCEPTÍVEIS
Ipiranga do Norte
SELECIONADO
On-1554076799
ENCAÚSTICA - A ARTE ECOLÓGICA EM CERA DE ABELHA
Rondonópolis
SELECIONADO
On-855389540
DESBRAVAR A TERRA E PROMOVER A VIDA
Sinop
SELECIONADO
On-496118508
AINDA HÁ TEMPO!?
Rondonópolis
SELECIONADO

Exposição 
DESBRAVAR A TERRA E PROMOVER A VIDA

Exposição de imagens construídas a partir de fotografias de sessenta e duas (62) mulheres pioneiras no município de Sinop/MT, bem como da história da Gleba Celeste e de dados técnicos da exposição.
A exposição acontecerá em espaço externo:
a)      Entono da Catedral e Fórum – Sinop/MT.
b)      Entorno do Centro Cultural de Vera/MT.
c)       Entorno da Praça Central de Cláudia/MT.
d)      Entorno da Praça Central de Santa Carmem/MT.

OBJETIVOS GERAIS
1.       Promover a cultura da cultura.
2.       Democratizar o acesso à arte, à cultura e à história da Gleba Celeste, estado do Mato Grosso.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
1.       Promover o intercâmbio de ideias, experiências e artistas residentes nos municípios filhos do processo de colonização da Gleba Celeste em Mato Grosso.
2.        Incentivar a leitura e a formação de novos leitores de imagens.
3.       Oportunizar a ampliação e formação de novas plateias.
4.       Resgatar valores importantes à formação de sociedades humanas saudáveis.
5.       Contribuir com a construção de uma conjuntura de paz.
6.       Promover o olhar sobre o universo feminino de maneira a compreender sua contribuição nos processos sociais, culturais e econômicos das sociedades humanas.
7.       Motivar a apreciação da arte visual como uma das formas de expressão humana e de manifestação social.
8.       Expor em imagens o relato de vida de cinquenta (50) mulheres pioneiras no processo de colonização da Gleba Celeste em Mato Grosso, mais especificamente aquelas que se estabeleceram e atualmente ainda vivem em Sinop.

PROPONENTE – LENI CHIARELLO ZILIOTTO
SELEÇÃO PÚBLICA – CIRCULA MT
SEGMENTO – ARTES VISUAIS


Narrativas de Distopia: Reflexões sobre o Mundo Atual na Ficção

1. O Reflexo Distorcido: Distopias servem como espelhos distorcidos da sociedade atual. Ao explorar mundos sombrios e opressivos, os escrito...