terça-feira, 21 de abril de 2015

PEROLA e BODAS


Pérola é um material orgânico produzido por alguns moluscos como a ostra. Em reação a corpos estranhos como vermes ou grãos de areia, a ostra vai cobrindo-os com camadas de nácar que vão encobrindo as arestas do corpo estranho que machuca. A pérola também pode ser obtida de forma artificial, inserindo no interior da ostra um objeto minúsculo, causando uma inflamação.Ou seja, se não há dor e sofrimento, não há pérola.

Bodas é o nome da celebração das festas de casamento, sejam elas no civil ou no religioso. A cada ano as bodas recebem um significado e uma denominação diferente. O termo boda tem origem no latim vota que significa “promessa”. Assim, boda se refere aos votos matrimoniais feitos no dia do casamento e a celebração já é uma tradição na cultura ocidental. Tradição que surgiu na Alemanha, onde era costume de pequenos povoados, oferecer uma coroa de prata aos casais que fizessem 25 anos de casados, e uma de ouro aos que chegassem aos 50. Com o passar dos séculos foram criadas outras simbologias para os anos seguintes, e quanto mais tempo de casados, maior a importância do material, que vai do mais frágil ao mais resistente.




Trinta anos de vida matrimonial – Bodas de Pérola!

Para as Bodas de Pérola, na perspectiva da formação da pérola, pode-se dizer que, assim como para a ostra os grãos de areia que a invadem por obra da natureza ou qualquer objeto estranho inserido nela por obra do ser humano incomodam e por isso ela produz o nácar que encobre as arestas que machucam; os reveses da vida conjugal invadem a relação pela natureza dos cônjuges, ou são inseridos por obra das sociedades humanas. Já a reação aos reveses nas relações humanas se diferencia da reação da ostra, pelo raciocínio, e por isso, mais de uma opção de solução, se algumas se pode dizer que são soluções.

Quando as dores incomodam, na perspectiva da ostra, e de alguns relacionamentos, a reação é produzir algo que anule a ação do agressor e, a partir disso e por isso, produzir algo precioso, valioso, belo, uma joia.Ao mesmo tempo, nos relacionamentos humanos, pelo raciocínio, a opção poderá ser a de abandonar os ideais e propósitos iniciais, o que pressupõe que o sofrimento abalou as convicções. Ou seja, não se consegue resistir aos desafios propostos pelo casamento, cujos motivos podem ser justificados somente pelas duas pessoas envolvidas. Situação que também gera sofrimento. Diferente do sofrimento de quem se mantém na relação, mas sofrimento.

Muitas pérolas deixam de ser produzidas nos relacionamentos humanos. Outras ainda, depois de produzidas, são jogadas fora, abandonadas, destruídas. E os argumentos são inúmeros. Pelo raciocínio.Vive-se um tempo em que a dedicação, a paciência, o carinho, o cuidado e principalmente o amor não são percebidos como nácar que encobre as arestas que machucam, e por isso parte-se logo para o abandono. Como resultados desse tipo de situação, pérolas são jogadas fora, ou nem chegam a ser produzidas. Em primeiros, em segundos, em terceiros, em [...], relacionamentos.

Digladiar-se entre a carência de uma separação; o cuidado ao envolver-se em novos relacionamentos; a superação das diferenças para manter-se em um relacionamento pela vida após o matrimônio; são sofrimentos de ostra.A convicção de que as dores valerão a pena é necessária. Outros ingredientes também, como o humor, para compreender que não vale a pena e não leva a lugar nenhum um machucar o outro ou mesmo se deixar machucar por intrigas externas.

O processo de defesa é que forma a joia!

Se assim, os reveses foram inúmeros e nosso processo de defesa foi do tamanho do infinito, porque as joias produzidas nos 30 anos de união matrimonial, de valor incalculável, não tem preço:





Artur




Davi




Altamir Junior e Lilia






Fernanda e Mozer






Virginio e Leticia





A tradição é comemorar Bodas de Prata, 25 anos, e Bodas de Ouro, 50 anos. Mas, Bodas de Pérola não poderiam passar em branco. Pelo processo de “ostra” reagindo principalmente aos últimos reveses inseridos em nossa vida conjugal. Trinata 30 anos de propósitos na mesma direção apesar das diferenças foram comemorados com singelo jantar em Chalé do Italiano, em Sinop-MT, a mais de três mil quilômetros da nossa terra natal e dos nossos familiares. 



Já comemoramos muitas datas importantes com casa cheia e barulho. Deles ficam a saudade e o agradecimento. 


Em meu último aniversário comemorado com amigos do RS teve isso. Eu fiz. Eu fazia!


Hoje silêncio, aconchego, reflexão, conclusões...








Estamos conseguindo!
Joias foram produzidas!
O que virá sempre será melhor do que já foi!
Resistindo aos reveses!



Natal de 2009 - Passo Fundo - RS


Natal de 2012 - Nova Mutum - MT


Casamento no civil: 19 de abril de 1985.
Casamento no religioso: 20 de abril de 1985.
Filhos: Altamir Júnior; Fernanda e Virginio.
Netos: Artur e Davi.





Acredito também ser pérola...


Meus pais Erzelino e Maria Paula
Comemoraram Bodas de Ouro em 2010



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