sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Tchê,
numa dessas
tardes em que
o sol tava se indo
embora, e eu no meu
matear solito, comecei a pensar.
Estamos botando mais uma marca
na existência da vida. Então decidi que
deveria mandar uma tropilha de palavras
pra ti, assim, poderia dividir com meus amigos,
esses devaneios de saudades desse tempo que já se
foi, pois já estamos no fim dessa etapa chamada de 2011.
Nisso me lembrei dessa tal de INTERNETCHE, achei que
seria fácil, era só camperiar por alguns SITES e já de pronto
acharia o que estava por campear. Me deparei com muita coisa da
buena, mas nada daquilo que eu queria te dizer, pois descobri que não
havia ali as palavras puras que minha xucra alma sente para falar contigo.
Por isso vivente te digo, com esse meu jeitão rude, que fiz tudo que pude.
Pra te dizer o que minha alma sente,  queria ter te encontrado todos os dias,
ter te dito, Buenos dias, buenas tarde, buenas noite e tudo mais, mas, talvez
nos vimos tão depressa, no  afazer das nossas tarefas, que nem isso aconteceu,
pois o ano recém nasceu, e já está para acabar.  Mas peço ao Tropeiro do Universo, sim,
Ele que tudo pode, que nos traga sentimentos nobres, de amor e amizade. Que tenhas lembranças boas, por tudo que te aconteceu. Que o Menino que há 2000 anos nasceu, nos ilumine todos os dias. Que renasça a alegria, para quem à perdeu. Que se a caso não te aconteceu, tudo aquilo que queria. Que não percas a alegria, o entusiasmo e a coragem, a vida é uma viagem, mas é nós que escolhemos
o caminho,
espere mais
um pouquinho,
e tudo vai
acontecer.
Um novo ano
vai nascer,
deposite
nele tua
esperança,
quem espera
sempre alcança,
diz o velho ditado.


Então, te desejo parceiro(a), junto com tua gente,  um Novo Ano maravilhoso,  de conquistas, alegrias e realizações.
Mas para que tudo aconteça, antes, se agarre na proteção do céu, agradecendo ao Pai Soberano,
pois assim a cada ano, será feliz o teu viver, e em cada amanhecer,

será como um NOVO ANO !!!Feliz Natal!!!

E um baaaaaaaita 2012!!!!

Leni Chiarello Ziliotto

--

Autor do texto: desconhecido (se você for autor do texto, favor fazer contato para dar créditos à obra)

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

CONVITE




APRESENTAÇÃO
            Leni cumpriu sua sina de mulher: casou, teve filhos, cuidou da casa, trabalhou e trabalha para contribuir no orçamento familiar. E escreve, assumindo seu ser poeta, deixando vazar seu olhar feminino sobre o mundo, como um modo de se expor e de expor um universo marcado culturalmente, fazendo com que o sujeito lírico ora se identifique com ele e ora se afaste, pendulando entre os preceitos em vigor e o seu rompimento.
            Neste seu novo livro, que poderia ser um quase romance em versos, a autora nos conduz por entre outros mistérios da sua poética, como se, soprando um instrumento musical, nos atraísse com a melodia da sua expressão e dos seus mais profundos pensamentos.
            Provando a desnecessidade de padrões para que um poema se faça emoção, em cada deles, Leni transborda segredos, desvenda sua consciência humanista, quase de romancista, como pretexto para nos dar a conhecer o despertar da sua Carolina.
            Lendo-a percebi algo diferente no modo de olhar e na postura dessa recém-nascida personagem poética que me despertou uma curiosidade que, a princípio, não soube compreender bem a razão. Depois, refletindo, vi que Carolina é um novo olhar frente ao mundo, um voltar-se para dentro de si em busca de maior expansão do próprio eu. E foi desse “eu” que nasceu “Carolina que fechou uma porta”, que não se faz de aparências, que não usa máscaras, que olha tanto para o real quanto para o vazio, sem medo algum de perder as ilusões e que fechou uma porta de desencantos, mas que abriu outras portas para novos encantos.
            No tom de confidência, nos versos livres, nas estrofes heterogêneas e na linguagem coloquial expressiva, pulsam a vida, o lírico da temática amorosa e a reflexão, chamando o leitor para passear com Carolina e conhecer seus mistérios.

Para Leni

Conheci, uma vez, uma mulher,
Apaixonada pela poesia.
Lápis em punho faz o que quer,
Pelos poemas, vive em magia.

Em melodias faz suas tristezas,
Com garra, com paixão, os versos doma...
Amante e musa quer mais que belezas,
E de mundo constrói sua redoma.

Poeta, ser mulher, pura harmonia,
Habitam-se nas curvas e contornos...
Entre o inferno e um mar de alegoria
Uma só cruz não vale seus adornos.

Leni, vive em amor e vai por mim:
Toma um café e um verso no jardim!

Lizete Abrahão

domingo, 3 de julho de 2011

POETA

O poeta agarra toda a beleza
Beija a alegria afaga a tristeza
Coleta alegra, enlaça seduções
Faz vibrar amor com emoções.

Poeta vê invisibilidade da poesia
Encontra-a na curva do caminho
Dá aos lábios os jeitos de alegria
Ao sentir mil afogos de carinho.

Poeta empurras dores tormentosas
Agarra raízes da cultura sua gente
Vê a cor sente perfume das rosas
Empresta à vida, tom de contente.

Joga com letras como com a bola
Letras não tem fim do que dizer
Enriquece a vida que o consola
Empresta a quem lê poesia, prazer.

O poeta agarra as estrelas e o luar
Embrulha amor em sentimento
Ele dá prazer ao beijo e abraçar
Dá calor à alegria, ao sofrimento.

Acaricia corações à humanidade
Diz sempre o que sente o coração
Dá a verdade a toda a igualdade
Poeta procura repartir a todos, pão.
Por: Armando C. Sousa

quinta-feira, 9 de junho de 2011


POEMAS PARA OS NAMORADOS
Do livro “Mosaico de Palavras”
1
                                                      Você é apaixonante.
Tantas dúvidas e certezas e muita sabedoria.
Suas qualidades, habilidades e capacidades,
são diferenciais.
Não ser compreendido é uma virtude dos sábios.
Saber compreender é uma virtude dos espiritualizados.
Temos a necessidade humana
de nos defendermos dos incrédulos.
Você é diferente.
De energia positiva.


2
Aguardo a noite.
A noite que você me queira.
A noite da arte.
Vivo para você um mosaico.
Culturas, desejos,
Sabores.


3

Fluidos invadem nossa conversa
e neutralizam o poder da paixão.

Assim não fosse, queimaríamos
na fogueira das línguas da nova geração de bruxas.

Nossos anjos nos servem,
na bandeja da harmonia, a sabedoria.

O crescente desejo acaricia
um ao outro, com olhos, com lábios, com vozes e hálitos.

Nossas vontades provocam inveja
e têm o trabalho de desfazer preconceitos,
para vivermos nossos direitos.

Terminamos embalando nossos sonhos,
em momentos do próximo encontro. 

Autora: Leni Chiarello Ziliotto

quarta-feira, 8 de junho de 2011


POEMAS PARA OS NAMORADOS
Do livro “Mosaico de Palavras”
1
Carrego, no peito,
toda saudade que tenho
do meu ventre,
do meu berço,
da minha infância,
do teu beijo.


2
...no meio da multidão,
alguém diferente...
            Tudo evidencia,
            nada denuncia.
Eu busco você
com os olhos,
pelo cheiro,
para o corpo.


3
Eu beijo teus lábios,
Eu sinto teu sabor.
                        Tuas mãos em meu corpo,
Numa delícia provocante.
                        A roupa no chão,
O olhar de cada um.
                       Os toques mágicos,
                       Nos pontos definidos.
Treme tua boca,
Molha meu corpo.
                       Sublima os desejos,
                       Com sabor de pecado.
Embriaga nós dois,
É a possibilidade
De tudo e para sempre


Autora:  Leni Chiarello Ziliotto

terça-feira, 7 de junho de 2011


POEMAS PARA OS NAMORADOS

Do livro “Sabores”
Lua
Quando a lua brilha,
reflete tua luz.
Sinto tua presença,
quero sentar contigo no chão,
tomar um suco
manga, uva ou maracujá.
Quero compartilhar as realizações,
quero fortalecer sentimentos.

Quando a lua brilha,
o céu nos olha,
o Senhor nos abençoa,
nossos anjos nos acompanham.
Eu sinto saudades,
eu preciso te ver.

Quando a lua brilha,
penso
no manto de Jesus – vermelho,
em nossos corações, azuis,
em teus olhos, verdes,
na vida, colorida.

Quando a lua brilha,
percebo que estamos
em um jardim que atrai as borboletas,
que oferece mel,
que se doa para o belo,
que exala vida.

Agora chove,
a lua não brilha.
Sinto a tua presença forte
e visto vermelho,
para todos verem
minha paixão por ti.


Autora: Leni Chiarello Ziliotto

terça-feira, 31 de maio de 2011

EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO CÓDIGO FLORESTAL






Período Colonial
As primeiras regras e limitações à conversão de uso do solo (desmatamento) e à exploração florestal no Brasil são anteriores ao Código Florestal. A Coroa Portuguesa editou diversas normas para manter o estoque florestal da então colônia brasileira. Além das regras, foram definidas severas penalidades, até mesmo a pena capital e o exílio, para aqueles que desrespeitassem as regras de utilização do solo e das florestas existentes no país.

1934 - Primeiro Código Florestal do Brasil
Por meio do Decreto 23.793, de 23/01/1934, foi instituído o “Código Florestal Brasileiro”. O decreto estabeleceu, entre outros pontos, o conceito de florestas protetoras. Embora semelhante ao conceito das Áreas de Preservação Permanente (APPs), o decreto não previa as distâncias mínimas para a proteção dessas áreas. Também foi definida a obrigatoriedade de uma espécie de “reserva florestal” nas propriedades. O objetivo desse ponto era assegurar o fornecimento de carvão e lenha – insumo energético de grande importância nessa época – permitindo a abertura das áreas rurais em, no máximo, 75% da área de matas existentes na propriedade. Porém, autorizava a substituição dessas matas pelo plantio de florestas homogêneas para futura utilização e melhor aproveitamento industrial. Essa linha foi seguida pela Lei 4.771/65, texto que deu origem ao Código Florestal.

1965 - “Novo Código Florestal” – Lei Federal 4.771/65
Essa lei e as posteriores alterações estabelecem, entre outros pontos, as limitações ao direito de propriedade no que se refere ao uso e exploração do solo e das florestas e demais formas de vegetação.
São dois os principais pontos, constantes nessa lei, de interesse do produtor rural:
·         • Reserva Legal (RL);
·         • Áreas de Preservação Permanente (APPs).

1986 – Lei 7511: Modifica a reserva florestal e as APP’s
O conceito de área de reserva florestal - posteriormente denominado de reserva legal - sofreu diversas alterações.
O conceito de reserva florestal, instituído pelo Código Florestal de 1934 vigorou até 1986, quando foi publicada a Lei Federal 7.511/86. Essa lei modificou o regime da reserva florestal. Até então, as áreas de reserva florestal podiam ser 100% desmatadas, desde que substituídas as matas nativas por plantio de espécies, inclusive exóticas. Embora essa lei tenha modificado o conceito de reserva florestal. Até então, as áreas de reserva florestal podiam ser 100% desmatadas, desde que substituídas as matas nativas por plantio de espécies, inclusive exóticas. Embora essa lei tenha modificado o conceito de reserva florestal, não mais permitindo o desmatamento das áreas nativas, manteve a autorização para o proprietário repor as áreas desmatadas até o inicio da vigência dessa lei, com espécies exóticas e fazer uso econômico das mesmas.
Essa lei também alterou os limites das APP’s, originariamente de 05 metros para 30 metros, sendo que nos rios com mais de 200 metros de largura a APP passou a ser equivalente à largura do rio.

1989 – Criação da Reserva Legal e alteração nas APP’s
Em 1989, a Lei Federal 7.803 determinou que a reposição das florestas utilizasse prioritariamente espécies nativas, embora não proibisse a utilização de espécies exóticas. Nesta Lei foi instituída a Reserva Legal, que é um percentual de limitação de uso do solo na propriedade rural. Essa área não é passível de conversão às atividades que demandem a remoção da cobertura vegetal. Também criou-se a obrigação de 20% de Reserva Legal para áreas de cerrado que, até esse momento, era somente para áreas florestadas encerrando, assim, a fase da “reserva florestal”, substituída pela “reserva legal e definindo que a averbação da reserva legal fosse feita à margem da matrícula do imóvel no registro de imóveis competente.
A Lei 7803 alterou novamente o tamanho das APP´s nas margens dos rios e criou novas áreas localizadas ao redor das nascentes, olhos d’água; bordas dos tabuleiros ou chapadas, a partir da linha de ruptura do relevo, ou ainda se a propriedade estiver em altitude superior a 1,8 mil metros; ou se ocorrer qualquer das situações previstas no artigo 3.º, da Lei Florestal.
O problema é que milhões de hectares considerados como APP´s, e que na maioria dos casos foram ocupados antes da proibição pela legislação, têm atividades que envolvem a produção de alimentos, indústrias, habitações urbanas e rurais, além de vários assentamentos. Essas áreas, nos moldes da lei atual, teriam que ser removidas.
Muitas dessas atividades e ocupações não apresentam riscos ao ambiente e à sociedade, cumprem função social, mas estão em desacordo com os preceitos da legislação ambiental. Parâmetros técnicos devem orientar se uma atividade deve ser mantida numa determinada área ou não. É a partir dessa avaliação que serão propostos possíveis ajustes. Mas a legislação atual não leva em consideração as avaliações científicas. O Brasil possui dimensões continentais e os mais diversos tipos de solo e situações topográficas, o que reforça a necessidade de uma legislação adequada à ciência que considere as peculiaridades locais, inclusive em relação ao histórico de ocupação das suas terras.

1996 – Medida Provisória 1511/96 – Amplia restrição em áreas de floresta
A primeira de uma a serie de Medidas Provisórias editadas, até a MP 2166-67/2001, restringiu a abertura de área em florestas. Embora não tenha aumentado a reserva legal, passou a permitir apenas o desmatamento de 20% nos ambientes de fitofisionomia florestal. A partir da MP 2080/2000 a reserva legal em áreas de floresta passou a ser de 80%.
1998 – Lei de Crimes Ambientais
Essa lei também mudou dispositivos do Código Florestal, transformando diversas infrações administrativas em crimes, alterando a Lei de 1965. A lei abriu brecha para a aplicação de pesadas multas pelos órgãos de fiscalização ambiental, criando novas infrações, inexistentes anteriormente.

2001 – MP 2166-67/2001 - Altera conceitos e limites de reserva legal e APPs
A MP 2166 novamente alterou os conceitos de reserva legal e áreas de preservação permanente. Definiu a reserva legal como sendo “a área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, excetuada a de preservação permanente, necessária ao uso sustentável dos recursos naturais, à conservação e reabilitação dos processos ecológicos, à conservação da biodiversidade e ao abrigo e proteção de fauna e flora nativas. O tamanho mínimo da reserva depende do tipo de vegetação existente e da localização da propriedade. No Bioma Amazônia, o mínimo é de 80%. No Cerrado Amazônico, 35%. Para as demais regiões e biomas, 20%.
As APP’s sofreram diversas modificações. Passou a ser a faixa marginal dos cursos d’água cobertos ou não por vegetação. Na redação anterior era apenas a faixa coberta por vegetação. Nas pequenas propriedades ou posse rural familiar, ficou definido que podem ser computados no cálculo da área de reserva legal os plantios de árvores frutíferas ornamentais ou industriais, compostos por espécies exóticas, cultivadas em sistema intercalar ou em consórcio com espécies nativas.

 2010 – Aprovação da proposta em comissão
A Comissão Especial do Código Florestal aprovou no dia 6 de junho de 2010 a proposta do deputado Aldo Rebelo para modificação do Código Florestal Brasileiro. Com treze votos a favor, a proposta foi acatada pela comissão e está pronta para apreciação no plenário da Câmara e do Senado.
2011 – Votação a favor das alterações
A Câmara dos Deputados votou a favor das alterações no Código Florestal. O Projeto de Lei 1876/99 foi aprovado por 410 votos contra 63 e uma abstenção. 

Acesso: 28 de maio de 2011

Data: 04/05/2010
Institui o novo Código Florestal.
Publicada no DOU de 16.9.65 e retificada em 28.9.65



sexta-feira, 20 de maio de 2011

Dar não é fazer amor


Dar é dar.
Fazer amor é lindo, é sublime, é encantador, é esplêndido.
Mas dar é bom pra cacete.
Dar é aquela coisa que alguém te puxa os cabelos da nuca....
Te chama de nomes que eu não escreveria...
Não te vira com delicadeza...
Não sente vergonha de ritmos animais.
Dar é bom. Melhor do que dar, só dar por dar.
Dar sem querer casar....
Sem querer apresentar pra mãe...
Sem querer dar o primeiro abraço no Ano Novo.
Dar porque o cara te esquenta a coluna vertebral...
Te amolece o gingado... Te molha o instinto.
Dar porque se você não der para ele hoje, vai dar amanhã, ou depois de amanhã.
Tem caras que você vai acabar dando, não tem jeito.
Dar sem esperar ouvir promessas, sem esperar ouvir carinhos, sem esperar ouvir futuro.
Dar é bom, na hora.
Durante um mês.
Para as mais desavisadas, talvez anos.
Mas dar é dar demais e ficar vazia.
Dar é não ganhar.
É não ganhar um eu te amo baixinho perdido no meio do escuro.
É não ganhar uma mão no ombro quando o caos da cidade parece querer te abduzir.
É não ter alguém pra querer casar, para apresentar pra mãe, pra dar o primeiro abraço de Ano Novo e pra falar: "Que cê acha amor?".
Dar é inevitável, dê mesmo, dê sempre, dê muito.
Mas dê mais ainda, muito mais do que qualquer coisa, uma chance ao amor.
Esse sim é o maior tesão.
Esse sim relaxa, cura o mau humor, ameniza todas as crises e faz você flutuar o suficiente pra nem perceber as catarradas na rua.
Experimente ser amada.
  
Luiz Fernando Veríssimo 

sexta-feira, 8 de abril de 2011


Refutação de alguns argumentos a favor da existência de Deus

Dan Baker
Tradução: João Rodrigues

Os teístas afirmam que existe um deus; os ateus não. Pessoas religiosas desafiam frequentemente ateus a provarem que não há deus; mas isso revela um equívoco. Os ateus afirmam que a existência de deus não está provada, não afirmam que está provada a inexistência de deus. Em qualquer argumento, o ônus da prova está do lado daquele que faz a afirmação.
Se uma pessoa afirma ter inventado um dispositivo antigravidade, não cabe a outros provar que tal coisa não existe. O crente tem de provar a sua afirmação. Todas as outras pessoas estão justificadas em recusar acreditar até que a evidência seja apresentada e substanciada.
Alguns ateus acham que o argumento é confuso até que o termo “deus” seja tornado compreensível. Palavras como “espírito” e “sobrenatural” não têm qualquer coisa que lhes corresponda na realidade, e ideias como “onisciente” e “onipotente” são contraditórias. Por que discutir um conceito sem sentido?
No entanto, há muitas linhas de raciocínio teísta e têm sido escritos livros sobre cada uma delas. As seções seguintes resumem brevemente os argumentos e as refutações. O ateísmo é a posição base que permanece quando todas as alegações teístas são rejeitadas.

Design

“De onde veio tudo? Como é que explica a ordem complexa do universo?
Não posso acreditar que a beleza da natureza simplesmente apareceu por acidente.
O design requer um projetista.”

Este argumento limita-se a pressupor que é verdade aquilo que quer provar. Qualquer tentativa de “explicar” algo requer um contexto mais amplo dentro do qual a explicação pode ser compreendida. Pedir uma explicação do “universo natural” é simplesmente pedir um “universo mais amplo”.
O universo é “tudo que existe”. Não é uma coisa. Um deus certamente seria uma parte de “tudo que existe”, e se o universo requer uma explicação, então deus requer um [outro] deus, ad infinitum.
A mente de um deus seria pelo menos tão complexa e ordenada quanto o resto da natureza e estaria sujeita à mesma pergunta: Quem fez deus? Se um deus pode ser encarado como eterno, então o universo também pode ser encarado como eterno.
Há design no universo, mas falar de design do universo é apenas semântica teísta. O design que observamos na natureza não é necessariamente inteligente. A vida é o resultado do “design” não-consciente da seleção natural. A ordem no cosmos vem do “design” da regularidade natural. Não há qualquer necessidade de uma explicação mais ampla.
O argumento do design baseia-se na ignorância, não em fatos. O fracasso em solucionar um enigma natural não significa que não há resposta. Durante milênios os humanos têm criado respostas míticas para “mistérios” como o trovão e a fertilidade. Mas quanto mais aprendemos, menos precisamos de deuses. A crença em deus é apenas responder a um mistério com outro mistério e, consequentemente, não responde a nada.
“O universo é governado por leis naturais. Leis requerem um legislador. Tem de existir um Governador Divino.”
Uma lei natural é uma descrição, não é uma prescrição. O universo não é “governado” por coisa alguma. As leis naturais são meramente concepções humanas sobre o modo como as coisas normalmente reagem, não são mandamentos sobre o comportamento, como no caso de leis sociais. Se o argumento do design fosse válido, a mente de um deus seria igualmente “governada” por algum princípio de ordem, o que requereria um legislador superior.
“É impossível que a complexidade da vida tenha ocorrido por acidente, e a segunda lei da termodinâmica, que diz que todos os sistemas tendem para a desordem, torna a evolução impossível. Era necessário um Criador.”
Estas objeções pseudocientíficas baseiam-se em erros. Nenhum biólogo afirma que organismos apareceram subitamente num passo de mutação “acidental”. A evolução é a acumulação gradual de pequenas mudanças ao longo de milhões de gerações de adaptação ao ambiente. Os humanos, por exemplo, não tinham necessariamente de evoluir — qualquer uma de bilhões de possibilidades viáveis podia ter-se adaptado, tornando muito provável que algo sobreviveria à implacável seleção natural.
Usar probabilidades, depois do fato consumado, é como um vencedor da lotaria que dissesse: “É altamente improvável que eu pudesse ganhar esta lotaria, portanto não devo ter ganho”.
Os criacionistas deturpam muitas vezes a segunda lei da termodinâmica, que diz que a desordem aumenta num sistema fechado. A Terra, atualmente, é parte de um sistema aberto, recebe energia do sol. Conduzida pela entrada de energia solar (e outras formas de energia, como a química), a complexidade comumente aumenta, como no caso do crescimento de um embrião ou um cristal. Claro que por fim o sol arrefecerá e a vida na terra desaparecerá.

Experiência Pessoal

“Milhões de pessoas conhecem pessoalmente Deus através de uma experiência espiritual interior.”

A maioria dos teístas afirma que o seu deus particular pode ser conhecido através de meditação e oração, mas essas experiências não apontam para algo exterior à mente. O misticismo pode ser explicado psicologicamente; não é necessário complicar a nossa compreensão do universo com suposições fantasiosas. Sabemos que muitos humanos habitualmente inventam mitos, ouvem vozes, têm alucinações e falam com amigos imaginários. Não sabemos que existe um deus.
Há milhões de crentes em deus; mas essa é uma declaração sobre a Humanidade, não sobre deus. A verdade não é algo que se alcança através do voto. As religiões surgiram para lidar com a morte, fraqueza, sonhos e medo do desconhecido. São mecanismos poderosos para dar sentido à vida e identidade pessoal/cultural. Mas as religiões diferem radicalmente umas das outras, e apelos à experiência interior apenas pioram o conflito.
“Os ateus não têm discernimento espiritual e dificilmente poderiam criticar a experiência teísta de Deus. Isso seria como uma pessoa cega negando a existência das cores.”
Muitos teístas afirmam que deus é conhecido através de uma sensibilidade “espiritual”. Mas será que a fé é um “sexto sentido” que detecta outro mundo? Céticos negam que tal coisa exista.
A analogia com o cego não é apropriada porque as pessoas cegas não negam o sentido da visão, nem negam que as cores existam. Os cegos e os que veem vivem no mesmo mundo, e ambos podem compreender os princípios naturais envolvidos. O caminho da luz pode ser traçado através de um olho normal até ao cérebro. As frequências podem ser explicadas e o espectro pode ser experimentado independentemente da visão. A existência da cor não precisa ser aceita através da fé.
O teísta, porém, não apresenta qualquer meio independente de testar o discernimento “espiritual”, portanto temos de duvidar disso. O cético não nega a realidade de experiências religiosas subjetivas, mas sabe que podem ser explicadas psicologicamente sem referência a um domínio supostamente transcendente.
A afirmação implícita de que os teístas são os únicos seres humanos “completos” é infundada e arrogante.

Moralidade

“Todos nós temos um sentido do certo e do errado, uma consciência que nos coloca sob uma lei superior. Este apelo moral universal aponta para fora da Humanidade. É consistente que Deus, um ser não-físico, se relacionasse conosco através de tal meio sublime.”

Aqui está outro argumento baseado na ignorância. Os sistemas éticos baseiam-se no valor que os humanos atribuíram à vida: “bem” é aquilo que melhora a vida, e “mal” é aquilo que a ameaça. Não precisamos de uma divindade para nos dizer que é errado matar, mentir ou roubar. Os humanos sempre tiveram o potencial para usar as suas mentes para determinar o que é bondoso e razoável.
Não existe um “apelo moral universal” e nem todos os sistemas éticos concordam entre si. Poligamia, sacrifícios humanos, canibalismo (eucaristia), espancamento da esposa, automutilação, guerra, circuncisão, castração e incesto são ações perfeitamente “morais” em algumas culturas. Será que deus está confuso?
É contraditório chamar a deus “ser não-físico”. Um ser tem de existir como alguma forma de massa no espaço e no tempo. Os valores residem no interior dos cérebros físicos, portanto se a moralidade aponta para “deus”, então nós somos deus: o conceito de deus é simplesmente uma projeção de ideais humanos.
“Se não existe um padrão moral absoluto, então não existe certo e errado absolutos. Sem Deus, não há base ética e a ordem social desintegrar-se-ia. As nossas leis baseiam-se na Bíblia.”
Este é um argumento a favor da crença num deus, não é um argumento a favor da existência de um deus. A exigência de uma moralidade “absoluta” só vem de religiosos inseguros. (Voltaire ironizou: “Se deus não existisse, seria preciso inventá-lo”.) Pessoas maduras sentem-se confortáveis com o caráter relativo do humanismo, visto que este fornece um quadro de referência consistente, racional e flexível para o comportamento humano ético — sem uma divindade.
As leis americanas baseiam-se numa constituição secular, não se baseiam na Bíblia. Quaisquer textos bíblicos que apoiem uma boa lei só fazem isso porque passaram no teste dos valores humanos, que são muito anteriores aos ineficazes Dez Mandamentos.
Não há evidência de que os teístas são mais morais que os ateus. De fato, o contrário parece ser verdadeiro, conforme evidenciado por séculos de violência religiosa. Em sua maioria, os ateus são pessoas felizes, produtivas e morais.
Mesmo que este argumento fosse verdadeiro, seria de pouco valor prático. Cristãos devotos e crentes na Bíblia não conseguem concordar entre si quanto ao que a Bíblia diz sobre muitas questões morais cruciais. Crentes comumente adotam posições opostas em assuntos tais como pena de morte, aborto, pacifismo, controle de natalidade, suicídio medicalmente assistido, direitos dos animais, ambiente, separação entre igreja e estado, direitos dos homossexuais e direitos das mulheres. Disso pode concluir-se que ou há uma multiplicidade de deuses distribuindo conselhos morais contraditórios, ou um único deus que está irremediavelmente confuso.

Primeira Causa

“Tudo teve uma causa, e toda a causa é o efeito de uma causa anterior. Algo deve ter começado tudo. Deus é a primeira causa, o estático que move, o criador e sustentáculo do universo.”

A premissa maior deste argumento, “tudo teve uma causa”, é contrariada pela conclusão de que “Deus não teve uma causa”. As duas afirmações não podem ser simultaneamente verdadeiras. Se tudo teve uma causa, então não pode ter havido uma primeira causa. Se é possível pensar num deus sem causa, então é possível pensar o mesmo do universo.
Alguns teístas, vendo que todos os “efeitos” precisam de uma causa, afirmam que deus é uma causa, mas não é um efeito. Mas ninguém jamais observou uma causa não-causada, e inventar simplesmente uma causa não-causada apenas pressupõe o que o argumento quer provar.
(Para um exame detalhado do moderno “Argumento Cosmológico Kalam”, veja o meu artigo Cosmological Kalamity.)

Aposta de Pascal

“Não se pode provar que Deus existe. Mas se Deus existe, o crente ganha tudo (céu) e o descrente perde tudo (inferno). Se Deus não existe, o crente nada perde e o descrente nada ganha. Portanto, há tudo a ganhar e nada a perder ao acreditar em Deus.”

O argumento, formulado originalmente pelo filósofo francês Blaise Pascal, é pura intimidação. Não é um argumento a favor da existência de um deus: é um argumento a favor da crença, baseado em medo irracional. Com este tipo de raciocínio, deveríamos simplesmente escolher a religião que tivesse o pior inferno.
Não é verdade que o crente nada perde. Diminuímos esta vida ao preferir o mito de uma vida após a morte, e sacrificamos a honestidade à perpetuação de uma mentira. A religião exige tempo, energia e dinheiro, desviando recursos humanos valiosos do melhoramento deste mundo. O conformismo religioso, um instrumento de tiranos, é uma ameaça à liberdade.
Também não é verdade que o descrente nada ganha. Rejeitar a religião pode ser uma experiência libertadora positiva, ganhando perspectiva e liberdade para questionar. Os livres-pensadores sempre estiveram na linha da frente do progresso social e moral.
Que tipo de pessoa torturaria eternamente alguém que duvida honestamente? Se o seu deus é tão injusto, então os teístas correm tanto perigo como os ateus. Talvez deus tenha um gozo perverso em mudar de ideias e condenar toda a gente, crentes e descrentes por igual. Ou, invertendo a aposta, talvez deus só salve aqueles que têm coragem suficiente para não crer!
Pascal era um católico e supôs que a existência de deus significava o Deus cristão. No entanto, o Alá islâmico poderia ser o verdadeiro deus, o que torna a aposta de Pascal uma aposta mais arriscada do que se pretendia.
De qualquer modo, crer numa divindade com base no medo não produz admiração. Não se segue daí que tal ser mereça ser adorado.

(Veja o Capítulo 12: “What If You’re Wrong?” em Losing Faith In Faith: From Preacher To Atheist para uma resposta mais completa à aposta de Pascal.)


Argumento Ontológico

“Deus é um ser tal que nenhum ser maior pode ser concebido. Se deus na realidade não existe, então é possível concebê-lo como maior do que é. Portanto, Deus existe.”

Há dezenas de variantes do argumento ontológico, mas S. Anselmo foi o primeiro a articulá-lo deste modo. A falha neste raciocínio é tratar a existência como um atributo. A existência é um dado adquirido. Nada pode ser grande ou perfeito a menos que exista primeiro, portanto o argumento está invertido.
Uma boa maneira de refutar este raciocínio é substituir “ser” e “Deus” com outras palavras. (“A Ilha do Paraíso é uma ilha…”) Dessa forma poderíamos provar a existência de um “vácuo” perfeito, o que significaria que nada existe!
O argumento esmaga-se a si próprio, porque pode conceber-se deus como tendo massa infinita, o que é refutado empiricamente. E está-se a comparar maçãs com laranjas ao se supor que a existência na concepção pode de alguma forma estar relacionada com a existência na realidade. Mesmo que a comparação fosse válida, por que é a existência na realidade “maior” (seja lá o que isso signifique) do que a existência na concepção? Talvez seja ao contrário.
Não admira que Bertrand Russell tenha dito que todos os argumentos ontológicos são um caso de má gramática!

Revelação

“A Bíblia é historicamente confiável. Não há razão para duvidar dos testemunhos dignos de confiança que resistiriam em tribunal. Deus existe porque Ele se revelou através da Bíblia.”

A Bíblia reflete a cultura do seu tempo. Embora boa parte do seu enredo seja histórico, também há uma boa parte que não é. Por exemplo, não há apoio contemporâneo para a história de Jesus fora dos evangelhos, que foram escritos por desconhecidos entre 30 a 80 anos depois da alegada crucificação (dependendo do perito que consultarmos). Muitos relatos, como as histórias da criação, entram em conflito com a ciência. As histórias da Bíblia são apenas isto: histórias.
A Bíblia é contraditória. Um bom exemplo é a discrepância entre as genealogias de Jesus dadas por Mateus e Lucas. A história da ressurreição de Jesus, contada por pelo menos 5 escritores diferentes, é irremediavelmente irreconciliável. Peritos descobriram centenas de erros bíblicos que não têm sido satisfatoriamente explicados por apologistas.
A Bíblia, tal como outros escritos religiosos, pode ser explicada em termos puramente naturais. Não há razão para exigir que seja ou completamente verdadeira ou completamente falsa. O cristianismo está repleto de paralelos de mitos pagãos, e a sua emergência como seita messiânica do século II resulta das suas origens sectárias judaicas. Os autores dos evangelhos admitem que estão a escrever propaganda religiosa (João 20:31), o que é uma pista de que devem ser tomados com algumas reservas.
Thomas Paine, em The Age of Reason (A Idade da Razão), indicou que a Bíblia não pode ser revelação. Revelação (se existe) é uma mensagem divina comunicada diretamente a alguma pessoa. Assim que essa pessoa o relata, isso se torna um rumor em segunda mão. Ninguém está obrigado a acreditar nisso, especialmente se for fantástico. É muito mais provável que relatos sobre o miraculoso sejam devidos a erro honesto, engano deliberado ou interpretação teológica meticulosa de eventos perfeitamente naturais.
Alegações extraordinárias requerem provas extraordinárias. Um critério da história crítica é a suposição de regularidade natural ao longo do tempo. Isso exclui milagres, que por definição “passam por cima” das leis naturais. Se admitirmos a existência de milagres, então todos os documentos, incluindo a Bíblia, tornam-se inúteis enquanto história.

Ciência

“Há muitos cientistas que acreditam em Deus. Se muitas das pessoas mais inteligentes do mundo são teístas, então a crença em Deus deve ser sensata.”

Isto não passa de um apelo à autoridade, que os ateus também poderiam fazer, e até melhor. Os acadêmicos, como grupo, são muito menos religiosos que a população em geral. Embora seja fácil encontrar cientistas que são crentes, nenhum deles consegue demonstrar cientificamente a sua fé. A crença é normalmente um assunto cultural ou pessoal separado da ocupação e ninguém, nem mesmo um cientista, é imune às seduções irracionais da religião.
“A nova ciência da física quântica está a mostrar que a realidade é incerta e menos concreta. Agora há lugar para milagres. Uma perspectiva teísta do mundo não é inconsistente com a ciência.”
Isso é um disparate. Um milagre é supostamente uma suspensão das leis naturais que aponta para um domínio transcendente. Se a nova ciência torna os milagres naturalmente possíveis (um conceito contraditório), então não há domínio sobrenatural, nem deus.
Na física quântica, o termo “incerteza” não se aplica à realidade, mas antes ao nosso conhecimento da realidade.
O teísmo implica um domínio sobrenatural. A ciência limita-se ao mundo natural. Portanto, o teísmo nunca pode ser consistente com a ciência, por definição.


“A crença em Deus não é intelectual. A razão é limitada. A verdade de Deus só pode ser conhecida através de um salto de fé, que transcende mas não contradiz a razão.”

Isso não é argumento. Admitir que algo é não-intelectual remove esse assunto do domínio da discussão. Sim, a razão é limitada: é limitada aos fatos. Se você ignorar os fatos, só fica com hipóteses e o desejo de que fossem reais.
Fé é a aceitação da verdade de uma declaração apesar de evidência insuficiente ou contraditória, o que nunca foi consistente com a razão. A fé, pela sua própria invocação, é uma admissão transparente de que as alegações religiosas não se conseguem manter de pé por si mesmas.
Mesmo que o teísmo fosse uma hipótese consistente (não é), ainda precisaria de ser provado. É por isso que a maioria dos teístas minimiza a prova e a razão e enfatiza a fé, por vezes afirmando de forma ridícula que a ciência requer fé, ou que o ateísmo é uma religião.

Poderes Psíquicos

“Há forte evidência de poderes psíquicos, reencarnação e coisas semelhantes. Você tem de admitir que há ali alguma coisa!”

A maioria dos cientistas discorda que haja forte evidência para alegações “paracientíficas”. Quando cuidadosamente examinadas com controles rígidos, são geralmente expostas como deturpações ou completa fraude.
Mesmo que essas alegações fossem legítimas, fenômenos misteriosos podem ter explicações perfeitamente naturais. Nesses casos, os céticos preferem suspender o julgamento em vez de se lançarem em conclusões supersticiosas.

Conclusão

Deve notar-se que mesmo que estes argumentos teístas fossem válidos, não estabeleceriam o criador como sendo pessoal, singular, perfeito e atualmente vivo (exceto o argumento da “revelação”, que tem a liberdade de criar qualquer tipo de deus que se deseje). E nenhum desses argumentos lida com a presença de caos, maldade e dor no mundo, o que torna uma divindade onipotente responsável pelo mal.
Muitos teístas, quando se apercebem que os seus argumentos filosóficos falharam, recorrem a ataques pessoais estereotipados. Todos os ateístas são rotulados de infelizes, imorais, encolerizados, arrogantes, demoníacos, vilões insensíveis que não têm razão para viver. Isso é falso e injusto. Mas mesmo que fosse verdade, isso não tornaria o teísmo correto.
Visto que o exame cuidadoso mostra que todos os argumentos teístas são inválidos, o ateísmo fica como a única posição racional.



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