segunda-feira, 30 de agosto de 2010

TRÁFICO DE MIGRANTES ESTÁ ENTRE TEMATICAS DO II FORUM INTERNACIONAL DE MIGRAÇÃO E PAZ


“Tráfico de Pessoas e Tráfico de Migrantes: Tendências e Desafios”, será o tema do painel a ser apresentado no dia 2 de setembro, às 17h15, no II Fórum Internacional de Migração e Paz, que ocorrerá em Bogotá (Colômbia) de 1 a 3 de setembro.

Foram convidados para abordar a temática o Diretor da Casa do Migrante em Tapachula no México, Flor Maria Rigone; Adriana Ruiz-Restrepo, especialista na problemática do tráfico de migrantes; a Subdiretora de Promoção Internacional junto à Divisão Distrital de Relações Internacionais da Prefeitura de Bogotá, Ângela Sofia Garzón; a Ex-ministra da Áustria, Helga Konrad especialista no tema e Oscar Gómez Diez, Diretor Executivo da Fundação Esperança da Colômbia.

O tráfico internacional de seres humanos é considerado uma forma moderna de escravidão. A maioria das vítimas é composta por mulheres, crianças e adolescentes que são aliciadas para exploração sexual ou mão-de-obra escrava.

Segundo as estimativas globais da ONU, mais de 2 milhões de pessoas são vítimas do tráfico humano a cada ano. A globalização, o fluxo intensificado de pessoas, de capital e informação, gera grandes oportunidades no desenvolvimento internacional, mas também cria riscos e abre espaço para o crime organizado transnacional.



Outras temáticas

“Migração: Convivência Pacífica e Independência. Para Novas Perspectivas de Cidadania e Democracia”, será a temática central para os 400 convidados do II Fórum Internacional de Migração e Paz, que é promovido pela Rede Internacional Scalabriniana de Migração (SIMN).

O Fórum ocorrerá no contexto do bicentenário das Repúblicas Iberoamericanas, reunindo representantes de governos, especialistas em temas de migração, organizações de defesa dos direitos dos migrantes, acadêmicos e atores sociais estratégicos na promoção da convivência pacífica no campo das migrações internacionais.

Entre as demais temáticas a serem levantadas estão “Os processos de reconciliação e construção da paz e sua repercussão nas migrações; “Democracia, desenvolvimento e migração: o papel da economia na construção de democracias inclusivas e no desenvolvimento sustentável’’.

Durante o evento, especialistas também irão tratar sobre “Os desafios econômicos do mundo globalizado e sua influência na migração internacional e abordarão as “Ações internacionais no campo da violência e da migração: as migrações como conseqüência e fator de conflitos na história recente das democracias”. A Rede Internacional Scalabriniana de Migração quer ainda levantar “Novas perspectivas político-jurídicas da cidadania no campo das migrações e da convivência pacífica internacional.”



Transmissão Online

A abertura do II Fórum Internacional de Migração e Paz ocorrerá em 01 de setembro, às 9h (horário de Bogotá), tendo como moderador o Diretor Executivo do SIMN (Rede Internacional Scalabriniana de Migração) Leonir Chiarello. Irão participar da abertura oficial, o Vice-presidente da Colômbia Angelino Garzón; o Núncio Apostólico da Colômbia, Monsenhor Aldo Cavalli; o Conselheiro para as Américas da OIM (Organização Internacional das Migrações), Diego Beltrand; o Diretor do SIMN em Nova York, padre Matteo Didoné, além do prefeito de Bogotá e dos representantes da Fundação Pórticus e Konrad Adenauer.

O Fórum será transmitido ao vivo pela Rádio Migrantes, emissora da Rede Scalabriniana de Comunicação, no endereço www.redescalabriniana.org, Rádio Migrantes, com reprise diária da transmissão duas horas após o encerramento das atividades.

Artigo publicado pelo Centro Scalabriniano de Comunicação Rádio Migrantes/ Roseli Lara - MTB JP 0088/MS no site www.redescalabriniana.org.

Leni Chiarello Ziliotto é participante do II Fórum Internacional de Migração e Paz, que ocorrerá em Bogotá (Colômbia) de 1 a 3 de setembro e palestrando no do dia 3 de setembro, às 11 horas de Bogotá (13 horas de Brasilia), no painel Grupo de Trado – Atores estratégicos na promoção da convivência pacifica no âmbitos das migrações internacionais, com o tema “Educação” .

Para acompanhar este e outros trabalhos da Diretora da escola Brancca Maria, professora Leni Chiarello Ziliotto, acesse o Blog http://lenichiarello.blogspot.com/  e o site http://www.branccamaria.com.br/

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Bullying
Escrito por Leni Chiarello Ziliotto. Quarta-feira, 18 de agosto de 2010 -19:18


Não há mais necessidade de se repetir o que é buylling, no cyberespaço. Facilmente o leitor que se interessar saberá mais detalhes dando alguns clicks no mouse.

Transcrevo o que encontrei no primeiro click que dei, o http://pt.wikipedia.org, enfatizando a necessidade de outras e mais complexas leituras para quem quiser aprofundar-se no tema. Aqui, ele é trazido a titulo de conceito.

Ocuparei este espaço para fazer uma breve análise, sob meu ângulo de visão.

Estou participando, há um mês, de uma maratona de palestras para comunidades da região onde resido – serra gaúcha – contando com a participação de uma profissional da área da psicologia e com a colaboração daquelas secretarias municipais de educação que se preocupam em instrumentalizar os profissionais da área da educação para lidarem com questões polêmicas que se apresentam nas escolas, como desafios, entre elas o bullying.

Percebo o bullying como mais um componente negativo em todos os ambientes, entre eles o escolar. Cada ambiente precisa encontrar instrumentos válidos que proporcionem resultados no sentido de se minimizarem, ou mesmo eliminarem, os efeitos nocivos dessa atitude.

Nos meus vinte e três anos de experiência, como gestora da educação, como coordenadora de práticas pedagógicas e como professora de sala de aula, percebo que a postura dos profissionais da educação não mudou muito: a grande maioria tem ânsia, às vezes desesperada, por uma “receita” que os ajude a “eliminar” os problemas, sejam eles de aprendizagem – dificuldades de aprendizagem – ou de ordem comportamental, como os casos do bullying.

Em palestras, conferências e cursos de formação de que participei, os ministrantes disseram que em educação não há receitas. Discordo. Há sim. Em todas as profissões, pode-se dizer que os instrumentos de trabalho mais o modo de fazer não deixa de ser uma receita. Ou seja, não se pode dizer que para dar uma boa aula seja preciso levar para a sala de aula um trator, com ar-condicionado e música, e que eu deva dirigir com cuidado em terrenos com declive. Tenho a certeza de que é necessário ensinar, aos futuros professores, a receita de “dar uma boa aula”.

A questão não está em ter ou não receita. Ela existe, e são os recursos – os ingredientes – e o modo de fazer. Isso já caracteriza receita. O que percebo é a deficiência de mestres para fazerem uso dessas receitas e passá-las adiante e a incompetência dos profissionais que buscam a área da educação. Percebo também que essa deficiência para formar profissionais está na falta de experiência. Temos muitos “mestres de teoria”, que não têm convicção do que estão ensinando, por falta de prática, porque pouco ou nunca “fizeram o bolo”, por isso muitos usam a bengala do “não há receitas”. A má qualidade dos que atuam na área e a falta de profissionais que busquem trabalhar com educação estão calcadas em vários fatores, dentre os quais destaco dois de grande relevância: a falta de estímulo e a distância entre a teoria e a prática.

Porém, como meu assunto aqui é a questão do bullying, para fazer a ligação com o que foi dito anteriormente, devo dizer que, em todas as situações que envolvem o ser humano, há dois elementos básicos: os atores e o cenário/ambiente.

Particularmente, muito mais pela experiência em sala de aula do que pela experiência de gestora ou de coordenadora pedagógica, estou convicta de que se dá muito mais atenção aos elementos do que, para não dizer nenhuma, ao ambiente. Alguém já ouviu a expressão “Isso não é comigo!”? Se alunos da professora Maria estão arrancando os cabelos uns dos outros, o assunto não é da professora Vera.

Pois bem, vamos aos elementos na questão bullying. Os atores são a vítima e o agressor. E se tem o ambiente, ou seja, a soma do contexto escolar com o ambiente fora da escola dos atores como um todo. Deverá ser assunto da professora Maria e da professora Vera, independentemente dos atores envolvidos.

A tendência é punir o agressor, quando este não consegue se fazer de vítima, e a escola, por falta de um trabalho em nível de “ambiente escolar”, acaba punindo a verdadeira vitima. Não se obterão resultados positivos punindo. Toda punição gera vingança. Em consequência, mais violência.

Ambiente! Esse deve ser o foco, um ambiente de energia positiva, que envolva os alunos com arte, com esportes, com pesquisa, com provocação da curiosidade, com delegação de responsabilidade, inclusive e principalmente para desvendar as entranhas dos diversos e diferentes conhecimentos já elaborados e provocar produção de novos conhecimentos. É preciso envolver os alunos em ações de responsabilidade, de autonomia, de solidariedade, de beleza, de sensibilidade. Enfim, há tanta coisa positiva como recurso neste tempo de novas tecnologias. O que se precisa é atentar para o “modo de fazer”. E esse também tem receita. Ou não? Experimente ir para a sua aula, hoje, com a cara amassada, sem planejamento, com vontade de estar em outro lugar, menos ali dando aquela aula. É uma receita. Vá para a sua aula como se fosse a única, que foi planejada para seres humanos que amanhã serão responsáveis pela gestão da sociedade em que você será um velho, com energia para provocar os alunos a produzirem o máximo de suas capacidade. É outra receita. Ou não? E o modo de fazer é que faz o ambiente.

Finalizo, chamando a atenção, mais uma vez, para a necessidade da macro e da microvisão: ambiente escolar e ambiente de cada aluno fora da escola. Não é sem função que as teorias da aprendizagem estão usando com bastante frequência a expressão “visão holística”. Ela é fundamental para um profissional da educação planejar sua prática pedagógica e obter resultados positivos.

Coloquei aqui minha situação de palestrante sobre o tema bullying como ilustração. Uma vez que não estou mais em sala de aula, faço pesquisas e observações, mas tenho minha experiência de sala de aula com argumentos suficientes para ter convicções acerca de diversas questões, ente elas, a de o ambiente escolar ser peça-chave para os processos se desenvolverem e se obterem, como já foi dito antes, resultados e resultados positivos.

Por isso anexo, a este meu texto, o artigo “O Estúpido”, de Luciano Pires, para provocar uma reflexão sobre “ambiente”. A sociedade que tem essa prática, esse ambiente, cobra da escola e a critica, alegando que não dá conta da “violência na escola”. Como está nosso ambiente social?

Minha análise não é de critica em relação à postura de Luciano, pelo contrário, provoco o leitor para que reflita sobre uma sociedade que se apresenta como democrática, ao mesmo tempo em que nos obriga a dizer amém, em nome da educação e do respeito.

Hipocrisia!


Leni Chiarello Ziliotto




O estúpido

Escrito por Luciano Pires em Qui, 12 de Agosto de 2010 19:18 e disponível no site


Num artigo recente, critiquei um cliente que armou um barraco no banco onde eu estava sendo atendido. Falei do cliente bom. Pois agora é hora de tratar do outro lado...

Era a quarta vez que minha filha ia até a loja da Nextel, para tentar cancelar uma linha, num processo que se arrastava desde abril (e já era agosto). O Call Center dizia uma coisa, a loja, outra - e eu pagando. Uma confusão. Então ela me liga. O atendente exigia que eu pagasse mais uma conta além das duas que já pagara, mesmo sem usar o aparelho. Achei que era demais e pedi para falar com o sujeito. A resposta foi surpreendente:- Pai, ele não pode falar no celular.

Eu ouvia a voz do fulano falando com ela, negando-se a atender. Meu sangue subiu. Pedi o número do telefone da loja, e nada. A regra era: só se eu ligasse para o Call Center. O atendente estava proibido de falar com o cliente pelo telefone! Tive de parar o que estava fazendo e ir pessoalmente falar com o fariseu. E minha filha ouviu:

- Seu pai não vem aqui, nervoso, pra discutir um assunto sobre o qual a Nextel tem razão, vem?

Fui.

Chutei o pau da barraca, falei alto, gritei dois palavrões saborosos e dei um tapa na mesa. Todo mundo olhando pra ver quem era o barraqueiro, enquanto minha filha se escondia debaixo da mesa. O atendente tentava acalmar a situação, falando baixo e com educação. E eu no barraco. Resultado? Ele acessou o “sistema”, ficou 15 minutos digitando e fez tudo o que havia dito para minha filha que era impossível. Saí da loja vinte minutos depois com tudo resolvido e a Gabi dizendo:

- Meu herói!

Catzo! Pra que isso, hein? Por que o sujeito não resolveu o assunto diante da garota que, educadamente, pedia por favor? Sem estresse? Não. Ele seguiu as regras que protegem a empresa, ferram o cliente e que só são quebradas quando armamos o barraco.

Tempos atrás, conversei com um profissional de empresa aérea e perguntei como eles lidavam com o público naqueles momentos do caos aéreo. Ele me disse que a instrução era de que atendessem logo os clientes mais exaltados. Os barraqueiros.

Nunca fui barraqueiro, longe disso. Mas quando ouvi a voz do sujeito recusando-se a falar ao telefone, não deu. Virei um cliente grosso, mal educado, violento... estúpido! Algo que eu não sou.

E então percebi: as companhias aéreas, telefônicas, tevês a cabo, bancos, provedores de internet, concessionárias, planos de saúde, consórcios, construtoras, seguradoras... das quais fui cliente até hoje, agiram como o Doutor Frankenstein: pedaço a pedaço transformaram um “cliente bom” numa criatura. Ao longo dos anos, juntaram uma sacanagem aqui com uma enganação ali, um coice acolá com um atendimento burro alhures, uma má vontade com uma esnobada, uma cobrança indevida com uma promessa não cumprida.

E, aos poucos, fizeram de mim um monstro. Pois agora que se virem pra lidar com ele.


Luciano Pires, o estúpido.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Terceiro Fórum da Aliança das Civilizações analisa papel dos migrantes como agentes de mudança e de desenvolvimento

Entre os dias 27 e 29 de maio de 2010, no Rio de Janeiro, Brasil, se realizou o Terceiro Fórum da Aliança de Civilizações das Nações Unidas. O encontro reuniu mais de 7 mil participantes de 120 países de todos os continentes, entre os quais, o Secretario Geral das Nações Unidas, 9 chefes de Estado, 50 Ministros de Estado, 21 organizações internacionais, empresas, universidades, centros de pesquisa, organizações da sociedade civil e grupos religiosos, que debateram em diversas reuniões as raízes dos conflitos mundiais entre as diferentes culturas e como chegar a uma solução para os problemas por meio do diálogo. O Scalabrini International Migration Network (SIMN) também esteve representado neste Fórum pelo seu Diretor Executivo, Pe. Leonir Chiarello.


Durante o Fórum, os participantes abordaram temas que foram desde um novo mapa global de poderes até o aproveitamento das crises como fatores de mudanças, a diversidade cultural como caminho para a paz, a democracia, a boa governança, os direitos humanos e a ética na solução dos conflitos, o emprego e a redução da pobreza, o papel dos “media”, das mulheres e dos líderes religiosos na promoção do desenvolvimento humano e da paz.

Na sessão de abertura do evento, o Secretário Geral da ONU, Ban Ki-Mon, depois de contextualizar os principais conflitos e guerras existentes na atualidade, convidou aos chefes de Estado e a todos os atores políticos e sociais a comprometer-se na construção de sociedades mais inclusivas, fundadas sobre uma convivencia pacífica, sem imposições de um grupo sobre outro ou de uma nação sobre outra. Nesta tarefa, segundo Ban Ki-Mon, a educação tem um papel essencial, porque nos permite “des-aprender” determinados comportamentos para poder valorizar o outro e a sua diversidade. “Somos uma grande familia, com membros diferentes e uma fé comum: acreditamos num mundo melhor para todos”, asseverou o Secretário Geral da ONU.

Entre os debates realizados, teve destaque uma sessão especial sobre “Os migrantes como agentes de mudança e desenvolvimento”. Durante a sessão, coordenada pelo Diretor Geral da Organização Internacional para as Migrações (OIM), William Lacy Swing, o Ministro da Justiça do Brasil, Luiz Paulo Teles Ferreira Barreto, destacou o papel relevante que os imigrantes tiveram e tem no desenvolvimento do país e na construção do diálogo intercultural. Reconhecendo este importante papel dos migrantes, o Ministro afirmou que o Brasil se opôs à tendência negativa e restritiva atual da maioria dos países receptores de migrantes ao aprovar uma legislação que facilita a regularização da situação de imigrantes que vivem no território nacional em situação irregular. Segundo o Ministro, as políticas de liberalização de bens e capitais e, ao mesmo tempo, de restrição e perseguição das pessoas que migram são insustentáveis e obsoletas. Considerando a reação positiva da comunidade internacional frente à Segunda Guerra Mundial, quando os Estados criaram um sistema jurídico internacional inspirado na proteção dos direitos humanos de todas as pessoas, o Ministro reconheceu que a reação frente os atentados de 2001 e 2004 foi um retrocesso ao direito internacional, numa perspectiva de proteção da segurança nacional, em nome da qual se aplica o marco jurídico penal aos migrantes, sem respeitar seus direitos humanos: de vítimas os migrantes se converteram em vitimarios. Nesta mesma perspectiva, a Jornalista do Independent de Londres, Yasmin Alibhai-Brown, afirmou que é insustentavel a atual categorização dos migrantes de primeira classe e de segunda classe. Ela perguntou: “Por quê os migrantes ingleses tem o direito de ir e vir em qualquer país do mundo sem problemas e os imigrantes que chegam na Inglaterra são tratados, desde que chegam aos controles dos aeroportos, como potenciais terroristas?” A solução destes problemas insustentáveis exige o compromisso de todos os atores sociais e políticos para garantir uma convivência equitativa e pacífica para todos.


Para maiores informações sobre a Aliança de Civilizações, consultar: http://www.unaoc.org/  

Para maiores informações sobre o Terceiro Fórum da Aliança de Civilizações (realizado no Rio de Janeiro), consultar www.unaoc.org/rioforum

O IV Fórum da Aliança de Civilizações será realizado em Doha, capital do Catar.

Noticia do site http://www.simn-cs.net/Portugues/Press19.html



A Escola Brancca Maria também esteve representada nesse Forum pela sua Diretora Profª. Leni Chiarello Ziliotto.



Foto oficial dos participantes do III Fórum Mundial da Aliança de Civilizações, no Museu de Arte Moderna (MAM), no Rio. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)



Sobre a Aliança das Civilizações


O UNAOC mobilizar uma acção concertada para reafirmar um paradigma de respeito mútuo entre os povos de diferentes origens culturais e religiosas. Destina-se a ponte do mundo divide-se e construir a confiança e compreensão entre as culturas e comunidades pelo mundo. Fundada em 2005 como uma iniciativa das Nações Unidas, a Aliança surgiu de uma convicção de que, a fim de alcançar uma paz duradoura, as divisões de longa data entre as culturas precisam ser abordadas.

Em abril de 2007, o Secretário-Geral Ban Ki-moon, nomeou Jorge Sampaio, antigo Presidente de Portugal, como Alto-Representante para a Aliança. Sob sua liderança, a Aliança iniciou um extenso programa de trabalho que inclui uma série de iniciativas concretas e projetos.

Fórum internacional discute união de culturas pela paz.


Foto: Wilson Dias/

Termina hoje, no Rio de Janeiro, o 3º Fórum da Aliança de Civilizações, uma iniciativa das Nações Unidas, que conta com a parceria do governo brasileiro, para reunir países empenhados em repensar as formas de lidar com as tensões entre as culturas. O tema da reunião, que começou na quinta-feira, 27, é “Unindo as culturas, construindo a paz”.


O evento do Rio, primeiro a se realizar fora da Europa, dá continuidade aos Fóruns realizados em Madri, em 2008, e em Istambul, em 2009. O Fórum traz para a “Aliança de Civilizações” um número maior de países africanos e da América Latina.

A Aliança de Civilizações tem como objetivo ajudar a prevenir as graves dificuldades geradas pelo extremismo, utilizando uma nova abordagem: a superação de preconceitos e percepções equivocadas por meio do estreitamento das relações entre sociedades e comunidades de proveniência cultural e religiosa diversas.

A Rede Inter-religiosa Latino-americana de Educação para a Paz (RILEP) participa do Fórum no Painel “Diálogo Inter-religioso e construção da paz a partir da educação religiosa”. A assessora do Setor Ensino Religioso da CNBB, Anísia de Paulo Figueiredo, participa do Painel a convite da RILEP. Ela destacou a importância do diálogo inter-religioso para a educação completa dos cidadãos que frequentam a escola. Admitiu que a escola continua a ser um lugar privilegiado de educação para a paz.

“O diálogo inter-religioso não perde de vista o desenvolvimento de todas as potencialidades do ser humano, entre as quais está a religiosa. Todas elas interagem e oferecem umas às outras valiosas contribuições para o seu desenvolvimento; trata-se de um desenvolvimento que visa à sua maturidade como tal, a sua realização como pessoa e integração ao grupo social a que pertence, em todas as suas contingências e amplitudes; em tal grupo desempenha um importante papel de agente e destinatário da paz”, disse Anísia.

De acordo com a professora, o diálogo inter-religioso “pressupõe a linguagem como metodologia, os motivos comuns como indicadores a impulsionar a comunicação entre os sujeitos, a pedagogia de projetos como ferramenta qualificada para a operacionalização da Proposta Pedagógica da Escola e a interdisciplinaridade como princípio que rege as ações comuns, perpassando a comunicade educativa em seu conjunto”.

Além da professora Anísia, o assessor da Comissão para o Ecumenismo, padre Elias Wolff, também participa do Fórum, que reúne mais 2 mil pessoas de várias nações do mundo. O presidente Lula participou da abertura do evento. Segundo o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, a missão da Aliança de Civilizações tem como itens mais importantes a promoção de uma sociedade mais inclusiva, o acesso ao emprego a jovens de todo o Oriente Médio, a questão da migração na Europa e a difusão de uma educação mais equitativa para os jovens da África.





FOTOS DO TERCEIRO FORUM DA ALIANÇA DAS CIVILIZAÇÕES

   

  

  

  

  

Narrativas de Distopia: Reflexões sobre o Mundo Atual na Ficção

1. O Reflexo Distorcido: Distopias servem como espelhos distorcidos da sociedade atual. Ao explorar mundos sombrios e opressivos, os escrito...